Ipea: jovens são quase metade dos migrantes do País
Segundo estudo da entidade, aumentou quantidade de migrantes inseridos na economia formal
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
Brasília - Os jovens da faixa etária dos 18 aos 29 anos são quase metade dos migrantes - aqueles que mudam de uma região para outra e dentro da própria região - no País, de acordo com o estudo "Migração Interna no Brasil", divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 1995, do total de migrantes no Brasil, o porcentual de jovens era de 49,9% e, em 2001, de 47,3%. Há cinco anos, o total era de 45,5%, índice pouco menor que o de 2008, de 45,6%.
O instituto aponta que "esse indicador já está em diminuição, graças ao processo de envelhecimento populacional". Apesar disso o número de jovens migrantes de dentro da Região Sul apresentou aumento no último período analisado: de 39,5% em 2005 para 49,9% em 2008. O instituto destaca o alto porcentual de jovens entre os migrantes do Nordeste para o Sudeste em 2008: 62,9%.
O estudo mostra também que a informalidade era maior entre os migrantes que entre os não migrantes nos três primeiros anos da série (1995, 2001 e 2005). Em 2008, houve uma inversão e a informalidade passou a ser maior entre os não migrantes. "Isso ocorreu porque a velocidade de queda da informalidade tem sido maior entre os migrantes, com destaque para os migrantes do Nordeste para o Sudeste", registrou o Ipea. Entre os brasileiros que migraram do Nordeste para o Sudeste, houve queda na informalidade de 50% em 2005 para 40,9% em 2008.
De acordo com o Ipea, essa dinâmica criou uma situação curiosa. "Os que migraram do Nordeste para o Sudeste se encontravam, em 2008, em melhor situação do que os próprios não migrantes do Sudeste", afirmou o instituto, no estudo. "Se o processo continuar nessa direção, será possível dizer que esses migrantes estão cada vez mais se qualificando em termos de inserção."
Construção
O estudo destaca ainda o bom desempenho da construção civil no Sudeste e informa que 20% dos homens que migram do Nordeste para o Sudeste trabalham neste setor. O Ipea usou para a análise dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considerou como migrantes aqueles que mudaram de Estado nos cinco anos anteriores a cada uma das datas
Leia mais sobre construção
Siga as últimas notícias de Economia no Twitter