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Ipea calcula alta de 0,2% na indústria e 2,6% no varejo em agosto

Os dados corroboram a avaliação de que há uma recuperação gradual em curso na atividade econômica do país

Indústria: o Indicador Ipea de Produção Industrial registrou alta de 0,2% em agosto ante julho (foto/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 14h03.

Rio - A indústria e o comércio devem voltar a mostrar resultados positivos em agosto, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os dados corroboram a avaliação de que há uma recuperação gradual em curso na atividade econômica do País.

O Indicador Ipea de Produção Industrial registrou alta de 0,2% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2016, a expansão alcançou de 5,3%.

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O indicador busca antecipar os resultados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o Indicador Ipea de Comércio aponta crescimento de 2,6% nas vendas do varejo ampliado - que inclui os segmentos de material de construção e veículos - na passagem de julho para agosto. Em relação a agosto do ano passado, avançou 13,1%.

O novo indicador tem como objetivo antecipar os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), também conduzida pelo IBGE.

"Embora as questões de natureza fiscal ainda permaneçam como condicionantes da trajetória de médio e longo prazo, o bom desempenho observado nos indicadores mensais de atividade ao longo de 2017 corrobora o diagnóstico de recuperação gradual da economia", avaliou o pesquisador Leonardo Mello de Carvalho, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, na seção especial da Carta de Conjuntura divulgada nesta segunda-feira, 25.

Alguns dados de julho já tinham sido animadores, segundo o instituto. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais mostrou recuo de 0,3% em julho ante junho, mas crescimento de 1,7% em relação a julho de 2016.

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB), registrou alta de 1,1% na passagem de junho para julho.

A construção civil teve o segundo avanço consecutivo, mas o consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou, afetado negativamente pela exportação de uma plataforma de petróleo por questões de tributação. A exclusão do fenômeno do cálculo faria o indicador de mensal de FBCF ter crescido 1,4%.

Quanto à produção agropecuária, houve estabilidade na passagem de junho para julho. Em relação a julho do ano passado, porém, o crescimento foi de 13,5%.

Segundo o Ipea, a melhora da demanda doméstica foi puxada pelo aumento no número de vagas no mercado de trabalho, pela recuperação do poder de compra das famílias diante do arrefecimento da inflação, pela redução nas taxas de juros e pela liberação dos saques de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, a manutenção desse cenário mais favorável no médio e longo prazo depende de uma solução para as questões de natureza fiscal, defendeu o órgão.

"Apesar desse ambiente econômico mais benigno, e da melhora observada na maioria dos indicadores econômicos, os níveis de confiança dos agentes têm apresentado um comportamento heterogêneo nos últimos meses. Enquanto os empresários das atividades da indústria de transformação e construção continuaram reduzindo o pessimismo, nas atividades do comércio e serviços houve algum retrocesso. Já a confiança dos consumidores, que também havia retraído nos últimos meses, voltou a crescer em setembro", alertou Carvalho.

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