- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Prévia da inflação: IPCA-15 desacelera e sobe 0,57% em abril
Acumulado em 12 meses até abril ficou em 4,16%. Gasolina tem alta de quase 3,5%, enquanto preço dos alimentos segue desacelerando
Modo escuro

Publicado em 26 de abril de 2023 às, 09h13.
Última atualização em 26 de abril de 2023 às, 10h08.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação mensal, subiu 0,57% em abril, segundo divulgado nesta quarta-feira, 26, pelo IBGE. A prévia mensal desacelerou pelo segundo mês consecutivo. No acumulado em 12 meses, a inflação brasileira também segue em seu menor patamar em mais de dois anos.
Inflação acumulada em 12 meses
- O acumulado em 12 meses no IPCA-15 ficou em 4,16%;
- No acumulado do ano, a partir de janeiro, a variação é de 2,59%.
A variação dos preços em abril representa uma desaceleração frente ao mês anterior: no índice de março, o IPCA-15 havia subido 0,69% (veja no gráfico abaixo).
O resultado veio levemente abaixo das expectativas do mercado, que esperava variação em torno de 0,61% e acumulado em 12 meses de 4,20%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta no índice de abril, embora alguns grupos, como alimentação, tenham desacelerado frente a março. O maior impacto no índice geral e a maior alta (1,44%) vieram de Transportes, grupo que inclui os combustíveis.
A gasolina, que subiu 3,47%, teve novamente o maior impacto individual (0,17 p.p) no índice.
Prévia da inflação
O IPCA-15 diz respeito ao período entre a última quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual, e é considerado uma prévia do IPCA final, que abrange o mês completo e é divulgado no mês seguinte. Para o IPCA-15 deste mês, os preços foram coletados no período de 16 de março e 13 de abril de 2023 e comparados com os preços vigentes de 11 de fevereiro a 15 de março.
No ano, a expectativa dos agentes de mercado é que a inflação ainda volte a subir no acumulado e feche 2023 em 6,04%, segundo a última edição do boletim Focus.
Gasolina sobe, diesel cai
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, todos tiveram alta de preço no IPCA-15 do mês, embora cinco grupos tenham desacelerado em relação ao mês anterior, movimento que já vinha sendo visto nos resultados anteriores.
O grupo "Transportes", que inclui combustíveis, passagens aéreas e transporte público, foi a maior alta do período, subindo 1,44%. A variação desse grupo também mostrou leve desaceleração em relação a março, quando havia subido 1,50%.
Posto de combustível: diesel e gás veicular tiveram queda nos preços entre março e abril, enquanto gasolina e etanol subiram
Dentre os combustíveis, enquanto gasolina e etanol subiram, óleo diesel e gás veicular recuaram.
- Ao todo, os combustíveis tiveram alta de 2,84% no IPCA-15 de abril;
- A gasolina subiu 3,47%;
- O etanol subiu 1,10% (após já ter tido alta de 1,96% em março);
- O óleo diesel caiu 2,73%;
- E o gás veicular caiu 2,17%.
A alta na gasolina foi influenciada, entre outros fatores, pela volta da cobrança de impostos federais, que estavam provisoriamente zerados desde o ano passado. A reoneração entrou em vigor em 1º de março.
As passagens aéreas também subiram, interrompendo trajetória de queda vista no mês anterior. Após queda de 5,32% em março, os bilhetes subiram 11,96% no índice de abril.
Medicamentos com reajuste
O grupo "Saúde e cuidados pessoais" (1,04%) foi o segundo com maior alta, embora também com desaceleração frente a março, quando havia subido 1,18%.
O destaque no grupo foi a alta de 1,86% no preço dos medicamentos, variação impactada, segundo o IBGE, pela autorização de um reajuste de até 5,60% a partir de 31 de março.
O plano de saúde também subiu 1,20%, repetindo movimento de alta dos meses anteriores. Os planos seguem "incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023", segundo o IBGE.
Alimentação em domicílio tem queda
O grupo "Alimentação e Bebidas" teve desaceleração no IPCA-15: saiu de alta de 0,20% em março para variação de 0,04% em abril.
A desaceleração nos alimentos foi puxada pela queda no preço da alimentação em domicílio, que ficou 0,15% mais barata.
- Dentre os destaques, o preço da batata-inglesa caiu 7,31% no IPCA-15 de abril;
- A cebola caiu 5,64%;
- O óleo de soja caiu 4,75%;
- As carnes caíram 1,34%;
- Nas altas, um destaque foi o ovo de galinha, que subiu 4,36%.
Após aceleração nos meses anteriores em meio a reajustes de início de ano, a alimentação fora do domicílio também desacelerou, indo de 0,68% em março para 0,55% em abril.
Supermercado: preço da alimentação em domicílio caiu 0,15% em abril
RESUMO: Quanto está a inflação no Brasil?
No IPCA-15, prévia da inflação mensal e que vai de meados de um mês até meados do próximo, a inflação acumulada em 12 meses no índice de abril ficou em 4,16%.
- Já no IPCA oficial, a inflação brasileira está em 4,65%, no acumulado de 12 meses até março;
- A inflação teve alta de 0,71% no mês de março.
Os dados são os últimos divulgados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. A inflação fechada de cada mês é sempre divulgada no início do mês seguinte, de modo que o IPCA fechado para abril ainda não foi calculado.
Quanto será a inflação em 2023?
O consenso dos analistas é de inflação em 6,04% no ano de 2023, de acordo com a última edição do boletim Focus, publicada em 24 de abril. A projeção diz respeito às opiniões de analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central semanalmente.
O que é IPCA acumulado?
Como em todos os índices inflacionários, o IPCA tem uma variação mensal, que diz respeito a quanto os preços dos produtos e serviços pesquisados subiram em um mês. Já o acumulado diz respeito à variação em um período maior.
O IPCA acumulado nos últimos 12 meses, por exemplo, é a soma das variações ao longo desse período. Já o IPCA acumulado só neste ano de 2023, por ora, é a inflação vista em janeiro, fevereiro, março e abril.
Do que o IPCA é composto e como se mede a inflação?
O IPCA é calculado pelo IBGE com base em uma cesta de produtos e serviços que, por meio de pesquisas e outras informações, se sabe que um brasileiro típico consume. O IPCA, assim, tenta apontar "a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos", segundo o IBGE. O índice é dividido em nove grupos:
- Alimentação e bebidas
- Habitação
- Artigos de residência
- Vestuário
- Transportes
- Saúde e cuidados pessoais
- Despesas pessoais
- Educação
- Comunicação
Cada grupo tem dezenas ou até centenas de itens cujos preços são monitorados para calcular o valor final do IPCA. Além disso, os itens têm pesos diferentes no cálculo do índice. As passagens aéreas, por exemplo, têm peso menor do que o transporte público, por serem usadas por uma fatia menor da população ou com menos frequência.
Por que se usa o IPCA para medir inflação?
O IPCA é somente um dos índices que medem a inflação. Há outros, com focos e pesos distintos. Para reajustar o aluguel, por exemplo, muitos locatários costumam usar o IGP-M (Índice Geral de Preços), que tem impacto maior de frentes como o dólar; já para obras, se usa o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que confere maior peso aos custos dos materiais de construção.
O IPCA é o principal índice brasileiro por ser usado para mensurar a inflação em canais oficiais, como nas metas do governo e do Banco Central. O INPC, por sua vez, é usado para reajustar o salário mínimo, por dizer respeito a famílias com até cinco salários mínimos.
Créditos
Mais lidas em Economia
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
Com copos de plástico reciclado coletado no litoral brasileiro, Corona estreia no Primavera Sound
Com itens personalizados, Tramontina usa expertise para aproveitar alta dos presentes de fim de ano
Suvinil investe para criar embalagens e produtos mais sustentáveis
Inovação em nuvem e IA: a aposta da Huawei Cloud para o Brasil
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.