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IPC-S caminha para projeção de 0,70% em dezembro, diz FGV

A FGV anunciou nesta terça que o IPC-S registrou taxa de 0,76% na terceira quadrissemana de dezembro

Alimentação: pesquisas da FGV vêm indicando que grupo ainda tem possibilidade de subir menos (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 15h20.

São Paulo - Pela terceira semana consecutiva, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC -S), Paulo Picchetti, manteve inalterada a expectativa inicial para a inflação de dezembro captada pelo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na tarde desta terça-feira, 23, ele disse que o IPC-S caminha para confirmar a projeção de 0,70% no último mês de 2014.

A FGV anunciou nesta terça que o IPC-S registrou taxa de 0,76% na terceira quadrissemana de dezembro.

O resultado representou uma levíssima desaceleração, de 0,01 ponto porcentual, ante a inflação de 0,77% registrada tanto na segunda leitura como na primeira medição do mês.

Na avaliação de Picchetti, a história que se esperava para o mês de dezembro acabou se confirmando entre os principais fatores para o período: a saída dos impactos dos reajustes recentes de gasolina e tarifa de eletricidade residencial, além da desaceleração forte na alta de Hortaliças e Legumes.

"O que imaginamos está acontecendo", disse.

Entre a segunda e a terceira quadrissemanas de dezembro, a gasolina mostrou alta menor, passando de 1,76% para 1,16%.

Tal movimento só não aliviou de maneira relevante a elevação do grupo Transportes (de 0,69% para 0,73%) porque a variação positiva do item automóvel novo passou de 0,37% para 0,51%.

No caso da tarifa de eletricidade residencial, a FGV informou que a alta do item passou de 3,76% para 3,24% entre a segunda e a terceira leituras de dezembro.

Especificamente em relação ao segmento de Hortaliças e Legumes, houve importante desaceleração, com a variação positiva passando de 8,83% para 4,93%. Com isso, o avanço do grupo Alimentação passou de 0,89% para 0,85%.

De acordo com Picchetti, além do cenário que está sendo confirmado pelo IPC-S a cada quadrissemana, as pesquisas de ponta (mais recentes) da FGV vêm indicando que o grupo Alimentação ainda tem possibilidade de subir menos, principalmente em função da parte in natura.

O mesmo, segundo o coordenador, está acontecendo com a gasolina, item que mostra até recuo nos levantamentos de preços mais imediatos da instituição.

Para Picchetti, a despeito da expectativa de 0,70% estar sendo confirmada para o IPC-S de dezembro, não há motivos para comemorações.

Tudo porque o nível previsto indica ainda uma inflação bastante pressionada e distante do que pode ser considerado como normal para um mês.

"É um nível alto e faria com que o IPC-S de 2014 fechasse com um resultado acumulado de 6,8%", destacou.

Não bastasse o quadro desfavorável para 2014, a tendência para 2015 inicialmente é de manutenção de pressões para o bolso do consumidor.

O coordenador do IPC-S lembrou, por exemplo, que há expectativa de reajustes nos preços de mensalidades escolares acima do nível médio acumulado de inflação de 2014.

Picchetti apontou também prováveis aumentos que estão sendo discutidos para passagens de ônibus em algumas capitais do país; elevação nas tarifas de energia elétrica; e também a possibilidade de novos aumentos nos preço da gasolina para o próximo ano.

"De um jeito ou de outro, a inflação deve virar o ano pressionada e com a expectativa de não arrefecer no curto-prazo", disse.

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São Paulo - Pela terceira semana consecutiva, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC -S), Paulo Picchetti, manteve inalterada a expectativa inicial para a inflação de dezembro captada pelo indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na tarde desta terça-feira, 23, ele disse que o IPC-S caminha para confirmar a projeção de 0,70% no último mês de 2014.

A FGV anunciou nesta terça que o IPC-S registrou taxa de 0,76% na terceira quadrissemana de dezembro.

O resultado representou uma levíssima desaceleração, de 0,01 ponto porcentual, ante a inflação de 0,77% registrada tanto na segunda leitura como na primeira medição do mês.

Na avaliação de Picchetti, a história que se esperava para o mês de dezembro acabou se confirmando entre os principais fatores para o período: a saída dos impactos dos reajustes recentes de gasolina e tarifa de eletricidade residencial, além da desaceleração forte na alta de Hortaliças e Legumes.

"O que imaginamos está acontecendo", disse.

Entre a segunda e a terceira quadrissemanas de dezembro, a gasolina mostrou alta menor, passando de 1,76% para 1,16%.

Tal movimento só não aliviou de maneira relevante a elevação do grupo Transportes (de 0,69% para 0,73%) porque a variação positiva do item automóvel novo passou de 0,37% para 0,51%.

No caso da tarifa de eletricidade residencial, a FGV informou que a alta do item passou de 3,76% para 3,24% entre a segunda e a terceira leituras de dezembro.

Especificamente em relação ao segmento de Hortaliças e Legumes, houve importante desaceleração, com a variação positiva passando de 8,83% para 4,93%. Com isso, o avanço do grupo Alimentação passou de 0,89% para 0,85%.

De acordo com Picchetti, além do cenário que está sendo confirmado pelo IPC-S a cada quadrissemana, as pesquisas de ponta (mais recentes) da FGV vêm indicando que o grupo Alimentação ainda tem possibilidade de subir menos, principalmente em função da parte in natura.

O mesmo, segundo o coordenador, está acontecendo com a gasolina, item que mostra até recuo nos levantamentos de preços mais imediatos da instituição.

Para Picchetti, a despeito da expectativa de 0,70% estar sendo confirmada para o IPC-S de dezembro, não há motivos para comemorações.

Tudo porque o nível previsto indica ainda uma inflação bastante pressionada e distante do que pode ser considerado como normal para um mês.

"É um nível alto e faria com que o IPC-S de 2014 fechasse com um resultado acumulado de 6,8%", destacou.

Não bastasse o quadro desfavorável para 2014, a tendência para 2015 inicialmente é de manutenção de pressões para o bolso do consumidor.

O coordenador do IPC-S lembrou, por exemplo, que há expectativa de reajustes nos preços de mensalidades escolares acima do nível médio acumulado de inflação de 2014.

Picchetti apontou também prováveis aumentos que estão sendo discutidos para passagens de ônibus em algumas capitais do país; elevação nas tarifas de energia elétrica; e também a possibilidade de novos aumentos nos preço da gasolina para o próximo ano.

"De um jeito ou de outro, a inflação deve virar o ano pressionada e com a expectativa de não arrefecer no curto-prazo", disse.

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