Economia

IOF mudou pelo fim de excesso de liquidez, diz Mantega

Ministro de Dilma explicou hoje a redução do prazo de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no Reuters Latam Investment Summit em maio de 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no Reuters Latam Investment Summit em maio de 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 12h02.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou, na manhã desta quinta-feira, que a redução do prazo de cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para a tomada de empréstimos por bancos e empresas brasileiras no exterior deveu-se a um julgamento no governo de que o excesso de liquidez que havia no mercado terminou. Decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União reduz de 1.800 para 720 dias o prazo de cobrança do IOF de 6% para empréstimo externo, alterando determinação anterior que vigorava desde 12 de março.

"Naquele momento, havia um mercado com muita liquidez e entrava muito recurso estrangeiro no País por esse intermédio. Estavam irrigando o Brasil com empréstimo de curto prazo. Agora julgamos que esse excesso terminou e estamos abrindo possibilidade para que bancos e empresas voltem a tomar crédito no exterior sem essa taxa de IOF", disse. Segundo o ministro, a retirada dessa medida reduz o custo do crédito e também aumenta a oferta de crédito no País.

Mantega disse que a mudança é fundamentalmente uma medida de liquidez, que aumenta a disponibilidade de recursos para instituições financeiras e empresas brasileiras. O ministro disse também que o mercado de crédito não está fechado para os bancos e empresas brasileiras e que a medida vai facilitar ainda a rolagem de empréstimos que foram tomados no passado.

"Algum tempo atrás, antes dessa crise recrudescer, havia facilidade maior em tomar crédito de longo prazo. Agora está mais difícil tomar crédito de longo prazo e é possível que queiram tomar crédito de prazo menor. Estamos facilitando isso", afirmou.

"Há várias instituições financeiras que têm rolagem a ser feita. Bancos grandes e pequenos estão tomando crédito. O Brasil é considerado um país sólido e continua tendo crédito", disse.

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