Os investimentos estrangeiros diretos líquidos no Brasil somaram US$ 796 milhões em abril. O valor é muito inferior aos US$ 1,964 bilhão observado no mesmo período de 2002.

Nos quatro primeiros meses deste ano, os investimentos diretos totalizaram US$ 2,773 bilhões, também inferiores aos US$ 6,659 bilhões acumulados no mesmo período de 2002.

O Banco Central prevê que os investimentos diretos estrangeiros somem US$ 500 milhões em maio, abaixo dos US$ 796 milhões observados em abril e do US$ 1,428 bilhão obtido no mesmo mês do ano passado.

Segundo Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, os recursos que estão ingressando agora refletem decisões tomadas por investidores no final do ano passado, "no ápice da volatilidade da economia brasileira", em meio à tensão do processo eleitoral.

Apesar da queda dos investimentos diretos, o BC identificou que está havendo um aumento da taxa de rolagem dos empréstimos do setor privado. Lopes não deu detalhes.

O BC estima ainda que o país vai apresentar um superávit em transações correntes no mês de maio de US$ 400 milhões. Em abril, quando há uma concentração de vencimentos da dívida externa, o Brasil registrou um déficit de US$ 966 milhões, reduzindo o déficit em 12 meses na proporção do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,74%.