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Investimentos do BNDES crescerão 43% em 2004, diz Darc

Banco elege cinco setores prioritários: transporte, agroindústria, papel e celulose, siderurgia e metalurgia

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está otimista quanto à demanda por crédito em 2004 e prevê que seus desembolsos neste ano cheguem a 47,3 bilhões de reais. Se esse orçamento for mesmo realizado, os recursos liberados pelo banco serão 43% maiores que no ano passado, quando os financiamentos somaram 33 bilhões de reais. Esse desempenho do BNDES e suas metas para 2004 foram apresentados nesta quinta-feira, dia 15/01, pelo vice-presidente do banco, Darc Costa. O orçamento para este ano reflete a intenção desenvolvimentista desse governo , disse Costa.

Ao fazer um balanço do desempenho do BNDES no ano passado, Costa constatou que os desembolsos tiveram um aumento de 6% em relação a 2002. Ele aproveitou para rebater as críticas ao ritmo das liberações feitas pela atual gestão do banco: Não só os desembolsos foram maiores como também as aprovações de crédito cresceram 17%. Esse crescimento sinaliza com um horizonte mais sólido para a economia, pois a aprovação de hoje é o desembolso de amanhã . Segundo ele, o orçamento do BNDES deve continuar crescendo ao longo dos próximos anos.

Cinco setores industriais serão privilegiados pelo banco no orçamento deste ano: equipamentos de transporte (aviões, vagões e navios) - que em 2002 receberam 5,7 bilhões de reais -, agroindústria, papel e celulose, metalurgia e siderurgia. Em cada um desses setores, a previsão é que os desembolsos neste ano superem em cerca de 1 bilhão de reais os recursos liberados em 2003. Já o financiamento à produção agrícola deverá ser 24% maior que no ano passado, quando os desembolsos para o setor somaram 4,5 bilhões de reais.

Os investimentos em infra-estrutura, considerados uma das prioridades do BNDES pela atual gestão, responderão por boa parte do orçamento. A expectativa é de que os financiamentos cheguem a mais de 7 bilhões de reais para as empresas do setor de energia e mais de 5 bilhões de reais para a malha de transportes.

Neste ano, o BNDES espera começar a liberar recursos para países da América do Sul, parte de sua proposta de fomento à integração latino-americana. Estão aí previstos financiamentos para Argentina e Venezuela. O ministro da Fazenda argentino defendeu que o crédito na América Latina deixasse de ser dolarizado , diz Costa. Concordamos com isso e estamos vendo os mecanismos de crédito recíproco.

Em relação aos investimentos na área social, Costa informou que o BNDES vai destinar 1 bilhão de reais para saúde e educação. No ano passado, os dois setores receberam 366 milhões de reais do banco. No total, o orçamento do BNDES reservou 3,9 bilhões de reais à área social, o que inclui os recursos para oferta de microcrédito.

No ano passado, a oferta de crédito para as micros e pequenas empresas - elas receberam 7,4 bilhões de reais -- já crescera 23% em relação ao ano anterior. A expectativa é que em 2004 elkas recebam um volume ainda maior de recursos.

Dos 47 bilhões de reais do orçamento previsto para este ano, mais de 33 bilhões serão recursos recebidos como retorno de financiamentos. O restante virá do caixa do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (estima-se que 5 bilhões de reais), captações externas (cerca de 1 bilhão de dólares), além de novos mecanismos de financiamento. Estamos estudando novas formas de captação interna , diz Costa. A injeção de recursos do Tesouro Nacional não está prevista no orçamento.

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