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Intenção de gasto com presentes de Natal cai 22% em 2015

O gasto médio por presente neste ano deverá ser de R$ 106,94, queda de 22% em relação à intenção observada no passado, de R$ 125,22

Presentes de Natal: a economista afirmou também que sete em cada 10 consumidores (74,3%) avaliam que os presentes estão mais caros em 2015 (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 12h34.

São Paulo - Com os preços mais altos e o aumento do desemprego, o brasileiro pretende gastar menos com presentes para o Natal em 2015 do que em 2014.

O gasto médio por presente neste ano deverá ser de R$ 106,94, queda de 22% em relação à intenção observada no passado, de R$ 125,22.

Os dados, que descontam os efeitos da inflação, são de pesquisa realizada nas 27 capitais brasileiras pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil.

A queda na intenção de gasto médio é resultado de um aumento na parcela de consumidores que pretendem desembolsar um valor menor com a data, que saltou de 29,1% em 2014 para 41,2% em 2015.

Por outro lado, cresceu o número de consumidores que querem comprar algum presente, de 87% para 93%.

"Os dados demonstram que o Natal carrega um significado cultural importante. O consumidor quer presentear e não vai deixar de fazê-lo, mas sabe que o momento é de cautela e que, por isso, os gastos devem ser mais bem pensados", explicou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A economista afirmou também que sete em cada 10 consumidores (74,3%) avaliam que os presentes estão mais caros em 2015.

A diferença é que essa percepção de aumento dos preços se deve principalmente à instabilidade do quadro econômico.

A crise econômica foi apontada como causa da inflação por 38,1% dos entrevistados em 2015, contra 13,6% em 2014.

As menções ao aumento do dólar para os preços saltaram de 1,9% para 8,7%.

Levando em consideração somente os entrevistados que disseram que pretendem gastar menos, 25,9% citaram o aumento dos preços como uma barreira às compras, bem acima do patamar de 1,8% observado no ano passado.

Outros aspectos citados são o endividamento (14,7%) e o desemprego (12,8%).

"Com tantos consumidores inseguros para gastar, as lojas que apresentarem preços e condições de pagamentos diferenciados vão sair na frente para ganhar a atenção dos brasileiros", disse.

Segundo a pesquisa, juros elevados e crédito mais restrito devem levar o consumidor a dotar o dinheiro como forma de pagamento neste Natal, com 42,3% das respostas, seguido pelo cartão de crédito parcelado (27,7%), cartão de crédito à vista (13,6%) e cartão de débito (12,1%).

Para quem pretender parcelar, a média é de cinco prestações. "Isto significa que quem comprar presentes em novembro ou dezembro, estará com a renda comprometida com prestações a pagar pelo menos até os meses de abril e maio de 2016, respectivamente", afirmou o educador financeiro José Vignoli.

O levantamento também aponta que os filhos aparecem em primeiro lugar na lista dos que serão mais presenteados, citados por 46,7%, seguidos pelos cônjuges (42,6%), pelas mães (35,0%) e pelos sobrinhos (19,4%).

As roupas serão os presentes mais comprados, com 67,2% das respostas, à frente de calçados (37,0%), brinquedos (31,7%) e perfumes e cosméticos (27,7%).

Os shoppings centers serão o lugar favorito para as compras, com 50,4%. As lojas de ruas aparecem em segundo lugar, com 30,8%, e as lojas virtuais estão em terceiro, com 30,3%.

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O gasto médio por presente neste ano deverá ser de R$ 106,94, queda de 22% em relação à intenção observada no passado, de R$ 125,22.

Os dados, que descontam os efeitos da inflação, são de pesquisa realizada nas 27 capitais brasileiras pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o SPC Brasil.

A queda na intenção de gasto médio é resultado de um aumento na parcela de consumidores que pretendem desembolsar um valor menor com a data, que saltou de 29,1% em 2014 para 41,2% em 2015.

Por outro lado, cresceu o número de consumidores que querem comprar algum presente, de 87% para 93%.

"Os dados demonstram que o Natal carrega um significado cultural importante. O consumidor quer presentear e não vai deixar de fazê-lo, mas sabe que o momento é de cautela e que, por isso, os gastos devem ser mais bem pensados", explicou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A economista afirmou também que sete em cada 10 consumidores (74,3%) avaliam que os presentes estão mais caros em 2015.

A diferença é que essa percepção de aumento dos preços se deve principalmente à instabilidade do quadro econômico.

A crise econômica foi apontada como causa da inflação por 38,1% dos entrevistados em 2015, contra 13,6% em 2014.

As menções ao aumento do dólar para os preços saltaram de 1,9% para 8,7%.

Levando em consideração somente os entrevistados que disseram que pretendem gastar menos, 25,9% citaram o aumento dos preços como uma barreira às compras, bem acima do patamar de 1,8% observado no ano passado.

Outros aspectos citados são o endividamento (14,7%) e o desemprego (12,8%).

"Com tantos consumidores inseguros para gastar, as lojas que apresentarem preços e condições de pagamentos diferenciados vão sair na frente para ganhar a atenção dos brasileiros", disse.

Segundo a pesquisa, juros elevados e crédito mais restrito devem levar o consumidor a dotar o dinheiro como forma de pagamento neste Natal, com 42,3% das respostas, seguido pelo cartão de crédito parcelado (27,7%), cartão de crédito à vista (13,6%) e cartão de débito (12,1%).

Para quem pretender parcelar, a média é de cinco prestações. "Isto significa que quem comprar presentes em novembro ou dezembro, estará com a renda comprometida com prestações a pagar pelo menos até os meses de abril e maio de 2016, respectivamente", afirmou o educador financeiro José Vignoli.

O levantamento também aponta que os filhos aparecem em primeiro lugar na lista dos que serão mais presenteados, citados por 46,7%, seguidos pelos cônjuges (42,6%), pelas mães (35,0%) e pelos sobrinhos (19,4%).

As roupas serão os presentes mais comprados, com 67,2% das respostas, à frente de calçados (37,0%), brinquedos (31,7%) e perfumes e cosméticos (27,7%).

Os shoppings centers serão o lugar favorito para as compras, com 50,4%. As lojas de ruas aparecem em segundo lugar, com 30,8%, e as lojas virtuais estão em terceiro, com 30,3%.

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