Economia

Infraestrutura será propulsora da economia, diz Coutinho

O presidente do BNDES disse que o setor de infraestrutura "será a mola propulsora com escala suficiente para retomar economia"


	Luciano Coutinho, do BNDES: conforme Coutinho, os aportes em infraestrutura em relação ao PIB precisam aumentar 2 pontos porcentuais para que a economia brasileira "vire"
 (Divulgação/BNDES)

Luciano Coutinho, do BNDES: conforme Coutinho, os aportes em infraestrutura em relação ao PIB precisam aumentar 2 pontos porcentuais para que a economia brasileira "vire" (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2016 às 21h47.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira, 14), que o setor de infraestrutura "será a mola propulsora com escala suficiente para retomar economia". Para ele, as exportações serão fator auxiliar relevante.

"São necessários investimentos em duas categorias no País nas quais o Brasil tem grandes oportunidades e que ajudariam na retomada do crescimento econômico: energias renováveis e infraestrutura logística e urbana", declarou, em discurso na cerimônia de posse do presidente executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Venilton Tadini, na sede da entidade, na capital paulista.

Conforme Coutinho, os aportes em infraestrutura em relação ao PIB precisam aumentar 2 pontos porcentuais para que a economia brasileira "vire" de uma retração de 4% prevista para 2016 para "empatar o jogo". "A inflação já dá sinais de que está cedendo e continuará caindo, o que abre espaço para redução das taxas de juros, melhorando as condições para financiamento em infraestrutura no País", afirmou.

Ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Coutinho disse que o BNDES já fez o que tinha de fazer para melhorar as condições de financiamento de projetos em infraestrutura. "No caso do leilão de energia de ontem (quarta-feira, 13), o resultado foi satisfatório em um momento de maior incerteza, embora não fosse vendido 100% da oferta", disse.

O presidente do BNDES ainda comentou que a instituição está trabalhando intensamente em uma agenda comum com a Abdib para o desenvolvimento de estruturações mais eficientes para os financiamentos de projetos do setor. Dentre as questões, estão seguro-garantia, tratamento da estrutura de financiamento de empréstimo-ponte e tratamento regulatório e contratual a ser dado a fatores imprevistos no desenvolvimento de um projeto que devam ter cláusulas de resolução de imprevistos, principalmente na fase de construção. "Sempre tivemos na Abdib interlocutor importante e, do lado financeiro, a Anbima como outro interlocutor relevante", explicou.

Questionado se a BNDESPar poderia reduzir ou aumentar participações em empresas, Coutinho evitou comentários. Apenas disse que em 2015 a empresa de participações do BNDES conseguiu lucro importante ao girar quase R$ 3 bilhões em venda de ações. "Porque nós escolhemos o momento e aqueles ativos que tiveram grandes valorizações. Então, sempre tem oportunidades de girar carteiras e de novos investimentos", afirmou.

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