Economia

Infraestrutura deve limitar crescimento do Brasil, diz FMI

Na América Latina, o México deve ser um dos destaques de crescimento este ano e se expandir 3%, acima dos 1,2% do ano passado


	Infraestrutura: FMI volta a mencionar os gargalos na infraestrutura como um fator para limitar um maior crescimento da economia brasileira
 (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

Infraestrutura: FMI volta a mencionar os gargalos na infraestrutura como um fator para limitar um maior crescimento da economia brasileira (Dado Galdieri/Bloomberg/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 14h47.

Nova York - O Fundo Monetário Internacional (FMI) volta a mencionar os gargalos na infraestrutura como um fator para limitar um maior crescimento da economia brasileira.

"O Brasil está correndo contra estrangulamentos pelo lado da oferta, que estão restringindo a expansão do produto e puxando a inflação para cima. Assim, não vemos o crescimento este ano maior que os 2,3% do ano passado", afirmou o diretor para o Hemisfério Ocidental do Fundo, Alejandro Werner, em uma entrevista à imprensa nesta quinta-feira.

Werner diz que a queda dos preços internacionais das commodities, por conta da economia chinesa crescendo menos, vai ofuscar um pouco a maior demanda por produtos brasileiros por conta da recuperação da economia dos EUA e na Europa.

O diretor destaca ainda que as condições nos mercados financeiros internacionais vão ficar mais apertadas, em meio à retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Isso se traduz em custos mais altos de empréstimos nos mercados financeiros.

Na América Latina, o México deve ser um dos destaques de crescimento este ano e se expandir 3%, acima dos 1,2% do ano passado, puxado pela recuperação dos Estados Unidos. A projeção do FMI é que os EUA cresçam 2,8% em 2014, acima dos 1,9% de 2013.

Para países como Argentina e Venezuela, as perspectiva é menos favorável, diz o diretor. Pressões na inflação, no câmbio e no balanço de pagamentos estão pesando na confiança dos agentes e afetando a demanda agregada.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraFMIInfraestrutura

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Mais na Exame