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Inflação tende a ser "marcadamente mais baixa", diz BC

Segundo a instituição, a inflação está em processo de redução

Para 2012, a previsão do BC é que a inflação encerre o período em 4,4%, portanto, abaixo do centro da meta de 4,5% (Germano Lüders/Você S/A)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 10h57.

Brasília - A inflação está em processo de redução e tende a ser marcadamente mais baixa do que a passada, avalia o Banco Central (BC), no Relatório de Inflação, divulgado hoje (29). A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2011 em 6,5%, no teto da meta para o ano. Para 2012, a previsão do BC é que a inflação encerre o período em 4,4%, portanto, abaixo do centro da meta de 4,5%.

Na avaliação, entretanto, o BC destaca que um risco importante para a inflação no país vem do mercado de trabalho. “O risco para a dinâmica dos preços reside na possibilidade de as negociações salariais atribuírem peso excessivo à inflação passada, em detrimento da inflação futura, a qual, cabe notar, está em processo de redução e tende a ser marcadamente menor do que a inflação passada”.

O BC também teme que “o aquecimento no mercado de trabalho leve à concessão de aumentos reais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade”. O Banco Central destacou ainda que o aumento recente do salário mínimo impacta direta e indiretamente “a dinâmica de outros salários e dos preços ao consumidor”

Os mecanismos de indexação são outro risco no mercado interno. “O Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] entende que há resistências importantes à queda da inflação no Brasil. Existem mecanismos regulares e quase automáticos de reajuste”. Segundo o BC, “mecanismos de indexação de preços, mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da inflação às flutuações da demanda [procura por bens e serviços]”.

Quanto ao cenário internacional, de crise, o Banco Central considera que “continua a manifestar viés desinflacionário no horizonte relevante”.

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Na avaliação, entretanto, o BC destaca que um risco importante para a inflação no país vem do mercado de trabalho. “O risco para a dinâmica dos preços reside na possibilidade de as negociações salariais atribuírem peso excessivo à inflação passada, em detrimento da inflação futura, a qual, cabe notar, está em processo de redução e tende a ser marcadamente menor do que a inflação passada”.

O BC também teme que “o aquecimento no mercado de trabalho leve à concessão de aumentos reais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade”. O Banco Central destacou ainda que o aumento recente do salário mínimo impacta direta e indiretamente “a dinâmica de outros salários e dos preços ao consumidor”

Os mecanismos de indexação são outro risco no mercado interno. “O Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central] entende que há resistências importantes à queda da inflação no Brasil. Existem mecanismos regulares e quase automáticos de reajuste”. Segundo o BC, “mecanismos de indexação de preços, mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da inflação às flutuações da demanda [procura por bens e serviços]”.

Quanto ao cenário internacional, de crise, o Banco Central considera que “continua a manifestar viés desinflacionário no horizonte relevante”.

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