Economia

Inflação pode ficar em "4 ponto qualquer coisa", diz Temer

Presidente voltou a afirmar que a inflação deste ano pode ficar abaixo da meta, que é de 4,5%

Michel Temer: "Entramos em janeiro com 5,35% e não sem razão os juros começaram a cair." (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: "Entramos em janeiro com 5,35% e não sem razão os juros começaram a cair." (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 14h11.

Brasília - O presidente Michel Temer voltou a destacar que os indicadores macroeconômicos estão apresentando sinais de melhora e afirmou que não está fazendo medidas "populistas" e sim buscando ações que gerem resultado para o futuro.

Temer destacou novamente que a inflação de janeiro foi a menor em 20 anos e disse que esse indicador permite projetar "uma inflação de 4 ponto qualquer coisa, talvez menor do que o centro da meta que é de 4,5%", disse.

"Entramos em janeiro com 5,35% e não sem razão os juros começaram a cair."

Temer disse ainda que os juros começaram "a cair responsavelmente" e que "ninguém está fazendo populismo com a redução dos juros".

Para Temer, enquanto os populistas querem resultados imediatos, seu governo quer aprovar medidas populares, que fiquem para o futuro do País.

Ao listar ações de seu governo, o presidente citou a liberação das contas inativas do FGTS e disse que a medida tem gerado "uma alegria até entre aqueles que tinham contas bloqueadas".

"Vocês têm visto pela TV vários depoimentos a favor da medida", afirmou, destacando acreditar que os saques podem trazer para a economia mais de R$ 30 bilhões "se Deus quiser". "Muita gente vai gastar esse dinheiro com tranquilidade."

O presidente afirmou que os fatos rápidos que estava destacando somavam quase 50 medidas já anunciadas pelo governo e defender os debates em torno da reforma da previdência, que o governo quer aprovar ainda neste primeiro semestre.

"Temos a consciência de que ou você arruma a casa de natureza previdenciária ou tem mais adiante um desastre."

Cedae

Ao citar a necessidade de reforma da Previdência, Temer citou o exemplo da crise financeira do Rio de Janeiro e exaltou o avanço para a venda da Cedae na segunda-feira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Segundo ele, o fato da Alerj ter aprovado a medida "serve de exemplo" e "entusiasma" o governo para aprovar o pacote que exige as contrapartidas do rio para receber ajuda da União.

O texto-base do projeto de lei que autoriza a privatização da Cedae, a estatal fluminense de águas e esgoto, foi aprovado na segunda com placar de 41 votos a favor e 28 contra (apenas um dos 70 deputados não votou).

Foi o primeiro passo para o governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) cumprir a primeira contrapartida exigida pelo governo federal no plano de recuperação fiscal firmado no fim de janeiro.

Um protesto contra a iniciativa terminou com pelo menos 15 pessoas detidas, mas não foram registrados confrontos como nas semanas anteriores.

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