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Inflação deve se manter elevada no 1º semestre, diz Fipe

"Até os seis primeiros meses do ano, a inflação deve continuar rodando em torno do nível de 6,00% em 12 meses", afirmou Costa Lima, coordenador do indicador IPC

Inflação:  "É um começo de ano bem ruim, de aceleração bem forte e em muito pouco tempo", opinou Costa Lima. (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 14h21.

São Paulo - A despeito de a taxa de inflação de janeiro na capital paulista ter atingido a marca de 1,15%, o maior nível desde janeiro de 2010 (1,34%), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve nesta segunda-feira sua expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechará 2013 com uma variação acumulada de 5,40%. Em entrevista à Agência Estado, na sede do instituto, o coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, reconheceu, contudo, que o cenário atual é ruim para a inflação e disse que há uma tendência para que ela continue elevada no primeiro semestre.

"É cedo para alterar a projeção de 5,40% para o IPC de 2013. Mas até os seis primeiros meses do ano, a inflação deve continuar rodando em torno do nível de 6,00% em 12 meses", afirmou Costa Lima, lembrando que, em janeiro, o IPC acumulou taxa de 5,61%, o maior nível para o acumulado em 12 meses desde dezembro de 2011, quando a taxa foi de 5,81%. "É um começo de ano bem ruim, de aceleração bem forte e em muito pouco tempo", opinou, citando que há também para o primeiro semestre reajustes que ainda vão ser captados pelo IPC, como o da gasolina, além de aumentos esperados para ônibus e metrô.

Especificamente em relação a janeiro, Costa Lima foi surpreendido pelo IPC de 1,15%, que superou a expectativa da Fipe, que era de 1,06%. O maior responsável pelo erro na estimativa foi o comportamento do grupo Alimentação, que subiu 2,11% e representou 41,89% de toda a inflação.

Dentro do grupo o destaque foi a expressiva alta de 8,25% dos alimentos in natura, o que representou o número mais intenso desde fevereiro de 2003 (9,40%). Somados a este fator decisivo, os grupos Educação (avanço de 6,08%) e Despesas Pessoais (alta de 2,42%) foram os outros vilões da inflação, em função, respectivamente, dos reajustes das mensalidades escolares e nos preços dos cigarros.

Para fevereiro, a Fipe espera IPC de 0,49%. O número é bem menor que o de janeiro, mas tende, segundo Costa Lima, a levar o IPC em 12 meses já para um nível acima de 6,00%. A projeção leva em conta uma ajuda vinda da queda nas tarifas de energia elétrica, além de uma natural redução dos impactos dos grupos Alimentação, Despesas Pessoais e Educação. Em contrapartida, o recente reajuste no preço da gasolina tende a pressionar o grupo Transportes neste mês.

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São Paulo - A despeito de a taxa de inflação de janeiro na capital paulista ter atingido a marca de 1,15%, o maior nível desde janeiro de 2010 (1,34%), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve nesta segunda-feira sua expectativa de que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) fechará 2013 com uma variação acumulada de 5,40%. Em entrevista à Agência Estado, na sede do instituto, o coordenador do indicador, Rafael Costa Lima, reconheceu, contudo, que o cenário atual é ruim para a inflação e disse que há uma tendência para que ela continue elevada no primeiro semestre.

"É cedo para alterar a projeção de 5,40% para o IPC de 2013. Mas até os seis primeiros meses do ano, a inflação deve continuar rodando em torno do nível de 6,00% em 12 meses", afirmou Costa Lima, lembrando que, em janeiro, o IPC acumulou taxa de 5,61%, o maior nível para o acumulado em 12 meses desde dezembro de 2011, quando a taxa foi de 5,81%. "É um começo de ano bem ruim, de aceleração bem forte e em muito pouco tempo", opinou, citando que há também para o primeiro semestre reajustes que ainda vão ser captados pelo IPC, como o da gasolina, além de aumentos esperados para ônibus e metrô.

Especificamente em relação a janeiro, Costa Lima foi surpreendido pelo IPC de 1,15%, que superou a expectativa da Fipe, que era de 1,06%. O maior responsável pelo erro na estimativa foi o comportamento do grupo Alimentação, que subiu 2,11% e representou 41,89% de toda a inflação.

Dentro do grupo o destaque foi a expressiva alta de 8,25% dos alimentos in natura, o que representou o número mais intenso desde fevereiro de 2003 (9,40%). Somados a este fator decisivo, os grupos Educação (avanço de 6,08%) e Despesas Pessoais (alta de 2,42%) foram os outros vilões da inflação, em função, respectivamente, dos reajustes das mensalidades escolares e nos preços dos cigarros.

Para fevereiro, a Fipe espera IPC de 0,49%. O número é bem menor que o de janeiro, mas tende, segundo Costa Lima, a levar o IPC em 12 meses já para um nível acima de 6,00%. A projeção leva em conta uma ajuda vinda da queda nas tarifas de energia elétrica, além de uma natural redução dos impactos dos grupos Alimentação, Despesas Pessoais e Educação. Em contrapartida, o recente reajuste no preço da gasolina tende a pressionar o grupo Transportes neste mês.

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