Economia

Inflação de serviços em SP acelera para 0,38% com telefonia

Os principais responsáveis pela aceleração da inflação de serviços foi o encarecimento de telefonia fixa e o aumento nos gastos com alimentação fora de casa

Inflação: o índice geral de serviços (IGS) acelerou de 0,15% para 0,38% de um mês para outro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Inflação: o índice geral de serviços (IGS) acelerou de 0,15% para 0,38% de um mês para outro (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 17h44.

São Paulo - A inflação de serviços deu um salto na capital paulista entre setembro e outubro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O índice geral de serviços (IGS) acelerou de 0,15% para 0,38% de um mês para outro. O resultado superou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do décimo mês deste ano, que teve alta de 0,27%, depois de deflação de 0,14% em setembro.

Já em relação ao acumulado de 12 meses até outubro, a variação do grupo serviços ficou em 5,76%, e no ano, em 4,91% - aquém das taxas do IPC desses períodos, de 7,61% e 5,62%, respectivamente.

Os principais responsáveis pela aceleração da inflação de serviços foi o encarecimento de telefonia fixa; aumento nos gastos com alimentação fora de casa e com recreação e cultura, disse o coordenador do IGS e do IPC-Fipe, André Chagas.

O item telefone fixo (conta) teve uma variação positiva de 2,44% em outubro, depois de taxa zero em setembro, em razão de reajuste recente, contou.

Apesar do avanço, o grupo Habitação, do qual o item faz parte, desacelerou para 0,19%, depois de 0,22% em setembro.

Conforme Chagas, um dos motivos foi o enfraquecimento de gastos no domicilio, em reflexo da recessão econômica. O item manutenção no domicilio registrou queda de 0,15% no IGS de outubro em relação à variação positiva de 0,30% no nono mês do ano.

Já a taxa de alimentação fora do domicílio ficou em 0,89%, na comparação com 0,22%, enquanto o segmento de recreação e cultura ficou em 1,78%, ante queda de 0,78%.

Neste caso, as principais influências, disse Chagas, foram as pressões para cima de viagem e excursão (alta de 2,79% ante -2,35%); passagem aérea (5,59% ante 6,60%); banho e tosa (1,53% ante 0,42%).

Com esses resultados, o grupo Despesas Pessoais apresentou a maior variação do IGS, com taxa positiva de 0,98%, na comparação com queda de 0,44% em setembro.

Acompanhe tudo sobre:São Paulo capitalInflaçãoTelefonia

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado aumenta projeção do PIB em 2025, 2026 e 2027

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?