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Inflação da Venezuela subiu 13.779% em 12 meses, segundo Parlamento

A inflação acumulada no ano é de 897,2% e a expectativa do FMI é de que superará os 13.800% em 2018

Venezuela: as importações caíram 85% em relação a 2012 (Mario Tama/Getty Images)
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AFP

Publicado em 7 de maio de 2018 às 15h20.

A inflação na Venezuela subiu a 13.779% nos últimos 12 meses, segundo um estudo do Parlamento de maioria opositora divulgado nesta segunda-feira (7).

A "taxa de inflação anualizada de abril de 2018 em relação a abril de 2017 é de 13.779%", aponta a pesquisa, divulgada por deputados da Comissão de Finanças e Desenvolvimento Econômico.

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De acordo com o relatório, o índice de preços em abril passado aumentou 80,1%, 13 pontos a mais que que em março, quando subiu 67%.

A inflação acumulada em 2018, aponta o estudo, é de 897,2%.

"Estamos no país com a hiperinflação mais alta do mundo (...). É preciso entrar em vigor uma nova política fiscal e cambiária para estabilizar a moeda", disse em coletiva de imprensa o deputado Rafael Guzmán, presidente da comissão legislativa.

Desde o ano passado, o Parlamento reporta o índice inflacionário. O governo de Maduro não divulga os dados, pois afirma que a inflação é induzida e faz parte de uma "guerra econômica" para tirá-lo do poder.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a hiperinflação superará os 13.800% neste ano.

Especialistas atribuem o alto custo de vida à falta de divisas - monopolizadas pelo Estado -, à queda da renda petroleira e aos elevados gastos públicos, com emissão de dinheiro sem respaldo.

O governo praticamente congelou a venda de divisas para a importação de bens e matérias-primas, o que gera escassez e estimula um mercado negro, em que o dólar custa até 12 vezes a cotação inicial.

Segundo a empresa Torino Capital, as importações caíram 85% em relação a 2012, enquanto a produção agrícola abastece apenas 25% da demanda, segundo a privada Fedeagro.

 

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