Economia

Indústria tem maior crescimento anual desde 2001, diz IBGE

A produção industrial cresceu 0,7% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta teça-feira (8/4). Sem contar a sazonalidade, o crescimento foi de 4,1% em relação ao mesmo período de 2002. A taxa anual (indicador acumulado nos últimos doze meses) está em trajetória ascendente: […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

A produção industrial cresceu 0,7% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta teça-feira (8/4). Sem contar a sazonalidade, o crescimento foi de 4,1% em relação ao mesmo período de 2002. A taxa anual (indicador acumulado nos últimos doze meses) está em trajetória ascendente: passou de 2,7% em janeiro para 3,1% em fevereiro. É o maior crescimento anual desde novembro de 2001.

De acordo com o IBGE, o aumento de 0,7% registrado em fevereiro, na comparação com janeiro, reflete o crescimento de 10 dos 20 segmentos pesquisados pelo IBGE e de três das quatro categorias de uso. A produção de bens intermediários, com taxa de -0,1%, ficou estável, enquanto bens de capital (1,1%), bens de consumo duráveis (1,2%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (5,1%) mostraram taxas positivas. Esse é o primeiro aumento de produção de bens de consumo semi e não duráveis após três meses consecutivos de queda, período em que o segmento acumulou taxa negativa de 3,9%.

Na comparação com fevereiro do ano passado, os 4,1% de crescimento refletem o movimento positivo observado em 14 segmentos da indústria e nas quatro categorias de uso. É a nona taxa positiva consecutiva neste tipo de indicador. Entretanto, os tácnicos do IBGE lembram que há um maior número de dias úteis em fevereiro de 2003, já que o carnaval, este ano, foi em março.

Os segmentos de maior impacto no resultado global são: mecânica (11,9%), influenciada sobretudo pelos itens motores diesel e tratores agrícolas; material de transporte (11,6%), com destaque para automóveis e motocicletas; metalúrgica (6,4%), cujos principais itens são ferro e aço fundido e bobinas e chapas de aço; e extrativa mineral (6,7%), que tem o petróleo como principal produto.

Entre os seis segmentos em queda, as indústrias química (-1,3%) e têxtil (-5,0%) exercem as principais pressões negativas.

O desempenho de bens de consumo duráveis é sustentado pela expansão de automóveis (11,1%) e de motocicletas (37,2%), uma vez que a produção de eletrodomésticos assinalou acréscimo bem mais moderado (2,1%). Estatísticas da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotivos (ANFAVEA) mostram que no primeiro bimestre houve um aumento de 72% no total de unidades exportadas, o que confirma o peso das exportações no comportamento do setor automobilístico neste início de ano.

Na área de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, a taxa de 1,9% é pressionada positivamente por segmentos da indústria alimentar, como os de café (17,1%), abate de animais (11,7%) e laticínios (8,7%), bem como pelo resultado da indústria de bebidas (4,0%). Entre os semiduráveis, com crescimento zero neste mês, houve queda na produção de artigos de vestuário (-6,3%) e aumento de 6,2% na indústria de calçados. A produção de carburantes (-14,7%) exerce a principal pressão negativa.

No setor de bens de capital, as principais pressões negativas vêm dos subsetores de bens de capital para energia elétrica (-37,9%) e para o setor de construção (-10,2%). Também cai a taxa de bens de capital para o uso misto (-3,6%). Os destaques positivos são bens de capital para a agricultura (15,8%), equipamentos de transporte (12,9%) e bens de capital para fins industriais (15,9%).

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