Economia

Indústria atingiu fundo do poço e recuperação pode demorar

"É muito cedo para estourar o champagne. A relação entre o PMI e os dados sobre a indústria se quebrou nos últimos meses", disse consultoria sobre alta do PMI


	Indústria: o PMI pode sugerir, na melhor das hipóteses, que a indústria pode estar caminhando para ficar estagnada no terceiro trimestre, na margem
 (REUTERS/Stringer)

Indústria: o PMI pode sugerir, na melhor das hipóteses, que a indústria pode estar caminhando para ficar estagnada no terceiro trimestre, na margem (REUTERS/Stringer)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 14h15.

São Paulo - O índice de atividade dos gerentes DE compra (PMI, na sigla em inglês) industrial brasileiro, que melhorou em agosto após quatro quedas consecutivas, indica que o setor pode ter atingido o fundo do poço, o que não quer dizer que haverá uma rápida recuperação, avalia a consultoria Capital Economics.

"É muito cedo para estourar o champagne. A relação entre o PMI e os dados concretos sobre a indústria se quebrou nos últimos meses. O PMI tem sido muito otimista e a realidade é que o setor industrial, como mostram os dados do PIB, encolheu por quatro trimestres consecutivos", diz o relatório, afirmando que o PMI pode sugerir, na melhor das hipóteses, que a indústria pode estar caminhando para ficar estagnada no terceiro trimestre, na margem.

O PMI industrial brasileiro subiu para 50,2 em agosto, de 49,1 em julho, segundo dados da Markit e do HSBC divulgados nesta segunda-feira, 01. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.

A Capital Economics aponta que a melhora foi guiada pelo índice de produção atual, mas que a recuperação provavelmente não será sustentada, já que os dois índices antecedentes, de novas encomendas e novas encomendas para exportação, permaneceram muito próximos da estabilidade.

"No fim das contas, embora o PMI de agosto dê um primeiro indício de que as coisas pararam de piorar no Brasil, não há sinais de uma melhora significativa nos próximos trimestres. Assim, o PIB não deve crescer mais de 0,2% este ano", afirma a consultoria.

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