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Índices de confiança sinalizam 2º trimestre fraco, diz FGV

As expectativas têm mostrado deterioração em todos os segmentos empresariais e também na avaliação do consumidor

Dinheiro: segundo especialista, o baixo nível de atividade econômica e a taxa de juros em alta pesam nos índices (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 15h14.

Rio - A sinalização dos índices de confiança apurados pela Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) para o segundo trimestre de 2014 não é muito favorável, avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo. "As expectativas costumam antecipar o movimento da economia. Se não houve choque interno ou externo que provoque aceleração, a sinalização não é muito favorável", disse.

Apesar de a confiança de alguns setores, como comércio e construção, estarem em campo positivo (na série com ajuste sazonal experimental, já que a FGV ainda não divulga dados do mês contra mês imediatamente anterior), Campelo ressaltou que as expectativas têm mostrado deterioração em todos os segmentos empresariais e também na avaliação do consumidor.

"Todos estão muito desanimados. No momento, há certa dificuldade em imaginar qual seria o tipo de choque que poderíamos ter, já que o caminho da política monetária está dado e na política fiscal também se sabe que precisa fazer ajuste. É difícil imaginar medidas contracíclicas no momento, como redução no IPI", disse Campelo.

"A sinalização é de que as empresas contam com esse período de desaceleração, e como as expectativas estão muito baixas, isso interfere nas decisões de investimento. É como se as empresas e os consumidores estivessem dirigindo, mas com o pé no freio, principalmente nas decisões de contratação e investimentos", acrescentou.

Para o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, o fato de 2014 ser ano eleitoral só joga mais um pouco de incerteza no cenário. "Há um quadro incerto sobre a sucessão", disse.

Segundo Campelo, o baixo nível de atividade econômica, a taxa de juros em alta, a menor rentabilidade das empresas e o fator incerteza em relação à economia interna jogam a confiança dos empresários e dos consumidores para níveis comparáveis a 2009, quando o País sentia os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos.

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Apesar de a confiança de alguns setores, como comércio e construção, estarem em campo positivo (na série com ajuste sazonal experimental, já que a FGV ainda não divulga dados do mês contra mês imediatamente anterior), Campelo ressaltou que as expectativas têm mostrado deterioração em todos os segmentos empresariais e também na avaliação do consumidor.

"Todos estão muito desanimados. No momento, há certa dificuldade em imaginar qual seria o tipo de choque que poderíamos ter, já que o caminho da política monetária está dado e na política fiscal também se sabe que precisa fazer ajuste. É difícil imaginar medidas contracíclicas no momento, como redução no IPI", disse Campelo.

"A sinalização é de que as empresas contam com esse período de desaceleração, e como as expectativas estão muito baixas, isso interfere nas decisões de investimento. É como se as empresas e os consumidores estivessem dirigindo, mas com o pé no freio, principalmente nas decisões de contratação e investimentos", acrescentou.

Para o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, o fato de 2014 ser ano eleitoral só joga mais um pouco de incerteza no cenário. "Há um quadro incerto sobre a sucessão", disse.

Segundo Campelo, o baixo nível de atividade econômica, a taxa de juros em alta, a menor rentabilidade das empresas e o fator incerteza em relação à economia interna jogam a confiança dos empresários e dos consumidores para níveis comparáveis a 2009, quando o País sentia os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos.

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