Economia

Indicador de emprego da FGV atinge menor nível desde agosto de 2020

O principal destaque negativo em janeiro foi o indicador de situação atual dos negócios da indústria, que contribuiu com -1,6 ponto para a queda de 5,3 pontos

FGV: Entre os componentes do IAEmp, todos tiveram contribuição negativa para o resultado de janeiro (Amanda Perobelli/Reuters)

FGV: Entre os componentes do IAEmp, todos tiveram contribuição negativa para o resultado de janeiro (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 09h27.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 09h36.

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil iniciou 2022 com queda pelo terceiro mês seguido, indo em janeiro ao menor nível em quase um ano e meio, apontando dificuldade de recuperação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve queda de 5,3 pontos em janeiro, a 76,5 pontos, retornando ao menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos).

"A piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no quarto trimestre com o surto de Ômicron e Influenza, que afeta principalmente o setor de serviços, o maior empregador, tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador", disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.

Entre os componentes do IAEmp, todos tiveram contribuição negativa para o resultado de janeiro, sendo o destaque do indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que contribuiu com -1,6 ponto na variação do índice geral no mês.

A taxa de desemprego no Brasil voltou a recuar no trimestre finalizado em novembro, indo ao nível mais baixo desde o início de 2020 de 11,6%, de acordo com dados do IBGE. No entanto, a renda real dos trabalhadores chegou à mínima da série histórica.

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