Economia

Indicador antecedente de emprego atinge maior nível da série

Os dados divulgados nesta terça-feira mostram que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 2,4 pontos em setembro

Emprego: a FGV pontuou que a melhora aconteceu em seis dos sete indicadores que compõe o IAEmp (Valdecir Galor/Reprodução)

Emprego: a FGV pontuou que a melhora aconteceu em seis dos sete indicadores que compõe o IAEmp (Valdecir Galor/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 08h41.

São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) atingiu em setembro o maior nível da série, apontando otimismo dos empresários e indicando que o emprego continuará a melhorar nos próximos meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os dados divulgados nesta terça-feira mostram que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 2,4 pontos no mês passado e foi a 100,6 pontos, o maior nível da série iniciada em junho de 2008, após recuo em agosto.

"Os melhores dados da atividade econômica sustentam o otimismo dos empresários para a retomada de contratações nos próximos meses. A perspectiva de um crescimento maior do que o esperado anteriormente, para 2017 e 2018, reforça este otimismo", explicou em nota o economista da FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho.

A FGV pontuou que a melhora aconteceu em seis dos sete indicadores que compõe o IAEmp, com destaque para o índice que avalia a situação dos negócios no momento atual da Sondagem de Serviços, e para o de expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes da Sondagem do Consumidor.

Já o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, recuou 0,5 ponto em setembro, a 97,6 pontos, próximo da máxima da série, refletindo números ainda elevados do desemprego.

"Apesar da tendência de queda do desemprego, este deve continuar em níveis elevados nos próximos meses. O ICD mostra este mercado de trabalho ainda difícil, mas com tendência de melhora", explica Barbosa.

O mercado de trabalho vem mostrando recuperação, ainda que por conta do aumento do emprego informal, e a taxa de desemprego caiu a 12,6 por cento no trimestre até agosto, segundo dados do IBGE.

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