Economia

Incertezas impedem recuperação de investimentos no mundo

Relatório da Unctad mostra uma queda de 2% no fluxo de investimentos para o Brasil

Dólares em movimento (Joe Raedle/Getty Images)

Dólares em movimento (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 17h26.

São Paulo – A incerteza sobre a economia e a volatilidade continuam impedindo uma retomada dos investimentos estrangeiros diretos pelo mundo, conforme apontou um relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês).

O documento estima que, em 2012, o fluxo de investimentos estrangeiros pelo mundo totalizou 1,3 trilhão de dólares, uma queda de 18% em relação a 2011. O número é próximo ao volume de 2009 (1,21 trilhão de dólares), ano em que a economia global estava frágil e abalada pela incerteza dos investidores diante da crise.

Após 2009, o fluxo de investimento estrangeiro direto pelo mundo começou a mostrar recuperação. Porém, esse movimento iniciado entre 2010 e 2011 deve demorar mais do que o esperado para se confirmar, segundo analisa a Unctad. A expectativa é de um crescimento moderado entre este ano e 2014, mas com grandes riscos caso o cenário econômico atual se mantenha.

Emergentes x Desenvolvidos

Os emergentes parecem ainda ser a “bola da vez”. Os países em desenvolvimento receberam no ano passado 130 bilhões de dólares a mais que os países desenvolvidos em investimento estrangeiro direto.

Só para América Latina e Caribe, o indicador registrou crescimento de 7,2% entre 2011 e 2012, considerando dados preliminares. Segundo o relatório, o número é incentivado por investidores em busca de oportunidades escondidas e investimentos em commodities, especialmente em países como Chile, Peru e Colômbia.

Brasil

O fluxo de investimento direto no Brasil caiu em 2012, mas continua robusto, como analisa a Unctad. Considerando dados preliminares, a queda foi de 2%, com um total de 65,3 bilhões de dólares.

O país é o principal destino do dinheiro estrangeiro na América Latina e Caribe e ficou com 28% do total aplicado na região em 2012.

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