Incerteza se aproxima do pico e pode derrubar investimento
O Índice Brasil Plural de Incerteza encerrou o segundo trimestre de 2015 com avanço de 1,1%, ficando levemente abaixo do pico histórico de 2003
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 17h31.
São Paulo - A incerteza em relação ao Brasil teve ligeira alta em junho e atingiu o maior nível em 11 anos, ultrapassando a marca atingida no período da crise financeira global de 2008.
O Índice Brasil Plural de Incerteza encerrou o segundo trimestre de 2015 com avanço de 1,1%, ficando levemente abaixo do pico histórico de 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Entre abril e junho deste ano, todos os componentes do indicador registraram alta, mas o fator que mais contribuiu foi a deterioração nas percepções sobre demanda e ambiente de negócios à frente, além da depreciação do real ante o dólar.
O banco destaca que, além da crise econômica, a crise política se intensificou no período analisado. "Apesar de o governo estar conseguindo aprovar medidas de ajuste fiscal, o Congresso tem diluído as propostas iniciais", afirma o relatório, que destaca o fato de o Legislativo ter aprovado "pautas-bomba", como a indexação das aposentadorias ao salário mínimo e o aumento significativo concedido aos servidores do Judiciário.
O Brasil Plural aponta também os efeitos da investigação no esquema de corrupção na Petrobras sobre consumo e investimento no País.
No relatório, o banco ressalta o cálculo que o choque de um desvio-padrão no indicador pode cortar em 5 pontos porcentuais o crescimento dos investimentos em um horizonte de 2 a 3 trimestres.
"Nos últimos quatro trimestres, o índice acumula um aumento de 155% do desvio-padrão, o que sustenta nosso cenário de uma forte queda no investimento", afirma o relatório.
São Paulo - A incerteza em relação ao Brasil teve ligeira alta em junho e atingiu o maior nível em 11 anos, ultrapassando a marca atingida no período da crise financeira global de 2008.
O Índice Brasil Plural de Incerteza encerrou o segundo trimestre de 2015 com avanço de 1,1%, ficando levemente abaixo do pico histórico de 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Entre abril e junho deste ano, todos os componentes do indicador registraram alta, mas o fator que mais contribuiu foi a deterioração nas percepções sobre demanda e ambiente de negócios à frente, além da depreciação do real ante o dólar.
O banco destaca que, além da crise econômica, a crise política se intensificou no período analisado. "Apesar de o governo estar conseguindo aprovar medidas de ajuste fiscal, o Congresso tem diluído as propostas iniciais", afirma o relatório, que destaca o fato de o Legislativo ter aprovado "pautas-bomba", como a indexação das aposentadorias ao salário mínimo e o aumento significativo concedido aos servidores do Judiciário.
O Brasil Plural aponta também os efeitos da investigação no esquema de corrupção na Petrobras sobre consumo e investimento no País.
No relatório, o banco ressalta o cálculo que o choque de um desvio-padrão no indicador pode cortar em 5 pontos porcentuais o crescimento dos investimentos em um horizonte de 2 a 3 trimestres.
"Nos últimos quatro trimestres, o índice acumula um aumento de 155% do desvio-padrão, o que sustenta nosso cenário de uma forte queda no investimento", afirma o relatório.