Economia

Inadimplência manteve-se estável em 2012, diz BC

Segundo o BC, a redução dos juros praticada pelas instituições financeiras ao longo de 2012 diminuiu o comprometimento da renda das pessoas com encargos financeiros


	Na avaliação do BC, a inadimplência subiu no início de 2012, mas manteve-se estável ao longo de todo o ano passado
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Na avaliação do BC, a inadimplência subiu no início de 2012, mas manteve-se estável ao longo de todo o ano passado (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, comentou, nesta sexta-feira, que a inadimplência subiu no início de 2012, mas manteve-se estável ao longo de todo o ano passado.

"Havia uma preocupação maior sobre o segmento de crédito para veículos, que vinha sendo acompanhado de perto e concentrava a maior parte do problema da inadimplência, e mostrou comportamento favorável depois de pico no meio do ano, como se esperava", disse durante entrevista coletiva.

Maciel salientou também que a redução dos juros praticada pelas instituições financeiras ao longo de 2012 diminuiu o comprometimento da renda das pessoas com encargos financeiros. Esse fator, de acordo com ele, também ajudou a reduzir a inadimplência.

Para ele, a expansão do crédito no Brasil em 2012, de 16%, ficou dentro das projeções do governo. A estimativa inicial era de crescimento de 15%, segundo Maciel.

O técnico lembrou que a expansão dos financiamentos vem mostrando moderação ao longo dos anos. "Em 2008, o crescimento foi de 30%, notoriamente não era sustentável nesse nível no longo prazo. A evolução vem nesse sentindo: crescendo moderadamente e a taxas sustentáveis", avaliou. Ele ressaltou também que o crescimento do crédito em 2012 ficou acima do PIB nominal.

No ano passado, foi evidente o aumento de participação de bancos públicos no sistema de crédito e isso se deve, conforme Maciel, mais ao setor habitacional, que é, de acordo com ele, a linha que vem crescendo a taxas mais significativas.

"Cresceu 38,2% e a média de todo o mercado foi de 16%. Os bancos públicos têm parcela importante nesse segmento de crédito", disse.

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