Economia

Imposto sobre transações financeiras será adotado pela França

Ministro da Economia francês confirmou que taxa será implementada ainda em 2012

A Alemanha defende que a taxa seja implementada em toda a União Europeia (Philippe Huguen/AFP)

A Alemanha defende que a taxa seja implementada em toda a União Europeia (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 12h44.

Paris - A França adotará este ano o imposto sobre transações financeiras, afirmou nesta sexta-feira o ministro francês de Economia, François Baroin, durante um encontro internacional em Paris.

Ao mesmo tempo, Berlim anunciou nesta sexta-feira que a Alemanha quer uma solução europeia sobre a imposição dessa taxa.

"A posição da Alemanha não mudou (...), o objetivo é a instauração de um imposto sobre transações financeiras na União Europeia (UE)", disse Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, ao ser questionado pela posição anunciada por Paris.

Ante o próximo encontro de segunda-feira em Berlim entre a chanceler, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, Seibert recordou que em dezembro o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, explicou que Alemanha e França queriam "acelerar" a situação nas primeiras semanas ou meses de 2012 na UE.

"É nosso objetivo. É preciso que a situação seja esclarecida, disse o porta-voz alemão.

A Comissão Europeia apresentou ao final de setembro uma proposta de imposto que se aplicaria a partir de 2014 e que permitiria a arrecadação de até 55.000 milhões de euros por ano.

O chefe do governo italiano, Mario Monti, disse nesta sexta-feira em Paris que é "necessário" que os países europeus não apliquem sozinhos a taxa sobre as transações financeiras, devido à decisão da França de avançar o quanto antes neste campo.

"Meu governo fez uma abertura com relação à taxa das transações financeiras" e é "um elemento de convergência no qual estamos trabalhando", disse à imprensa Monti, ao sair de um almoço com o ministro de Finanças, François Fillon, à Matignon. "Evidentemente, é preciso que os países não apliquem sozinhos essa taxa", disse.

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