Alta: a alta do IIE-Br em maio foi determinada pelos componentes mercado e expectativa, enquanto no mês anterior havia sido impulsionado pelos componentes mídia e expectativa (Germano Luders/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de maio de 2018 às 09h28.
Última atualização em 30 de maio de 2018 às 09h34.
Rio - O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,8 ponto em maio ante abril, para 115,0 pontos. Com o resultado, o Indicador acumula 12,5 pontos de alta no trimestre março-maio, mantendo-se na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos).
"A incerteza econômica teve leve alta em maio e continua elevada. Não são poucas as justificativas para esse número: aumento do preço do petróleo, aumento do protecionismo da era Trump e consequentes tensões comerciais entre EUA e China, expectativa de aumento da inflação e juros americanos, proximidade das eleições presidenciais brasileiras, crise fiscal, e a dificuldade de ação do atual governo, revelada pela greve dos caminhoneiros. Resumindo, não bastassem nossos problemas internos, o cenário externo também se tornou menos previsível", afirmou o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre.
A alta do IIE-Br em maio foi determinada pelos componentes mercado e expectativa, enquanto no mês anterior havia sido impulsionado pelos componentes mídia e expectativa.
O componente de Mercado subiu 6,7 pontos, contribuindo com 0,8 ponto para o avanço do índice geral no mês; o IIE-Br expectativa subiu 3,9 pontos, exercendo uma contribuição de 1 ponto porcentual para o índice agregado. Já o IIE-Br mídia apresentou a mesma pontuação porcentual em relação a maio, tendo colaboração nula no comportamento do indicador.
O IIE-Br passou a integrar o calendário de divulgações de indicadores econômicos do Ibre/FGV no fim de 2016. O índice mensal é composto por três componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA; e o IIE-Br Mercado, baseado na volatilidade do mercado financeiro.