Economia

IGP-M: inflação do aluguel cai 0,64% em setembro; alta é de 16% no ano

O minério de ferro continua influenciando o resultado do IGP-M. Saiba como

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis (Leandro Fonseca/Exame)

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis (Leandro Fonseca/Exame)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 29 de setembro de 2021 às 08h15.

Última atualização em 29 de setembro de 2021 às 08h30.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,64% em setembro, depois de subir 0,66% em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com este resultado o índice acumula alta de 16,00% no ano e de 24,86% em 12 meses. Em setembro de 2020, o índice havia subido 4,34% e acumulava alta de 17,94% em 12 meses.

“O minério de ferro continua influenciando o resultado do IGP-M. A queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,21% em setembro, após elevação de 0,66% em agosto. O grupo Bens Finais variou 1,62% em setembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 8,28% para 4,38%, no mesmo período.

A taxa do grupo Bens Intermediários variou de 2,11% em agosto para 1,66% em setembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes, cujo percentual passou de 3,01% para 0,02%.

O estágio das Matérias-Primas Brutas apresentou queda mais intensa, passando a taxa de -1,64% em agosto para -5,74% em setembro.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,19% em setembro, ante 0,75% em agosto. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação (1,05% para 2,00%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,26% em agosto para 5,75% em setembro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,56% em setembro, repetindo a taxa do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: Materiais e Equipamentos (1,17% para 0,89%), Serviços (0,78% para 0,56%) e Mão de Obra (0,00% para 0,27%).

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