IGP-M: a maior contribuição para a desaceleração do IPC partiu de Educação, Leitura e Recreação (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 29 de novembro de 2021 às 09h22.
Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 09h23.
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou o mês de novembro com variação positiva de 0,02%, depois de ter avançado 0,64% em outubro, diante do recuo na inflação ao produtor.
O dado divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,21%, e com isso o índice passou a acumular nos 12 meses até novembro alta de 17,89%.
A FGV informou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve queda de 0,29% no mês, depois de subir 0,53% em outubro.
"Apesar dos aumentos registrados para diesel (6,61% para 9,96%) e gasolina (2,79% para 10,17%) na refinaria, as quedas nos preços de grandes commodities --com destaque para minério de ferro (-8,47% para -15,15%), soja (-0,18% para -2,85%) e milho (-4,52% para -5,00%)-- favoreceram a manutenção da inflação ao produtor em terreno negativo", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Para o consumidor houve em novembro algum alívio na pressão, já que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,93%, de 1,05% em outubro.
A maior contribuição para a desaceleração do IPC partiu de Educação, Leitura e Recreação, cujo avanço enfraqueceu de 2,93% para 0,34% em novembro. Isso devido principalmente à passagem aérea, cujos preços subiram 1,62% em novembro, depois de uma taxa de 22,84% no mês anterior.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve avanço de 0,71% no período, depois de subir 0,80% no mês anterior.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.