Economia

Ibre/FGV eleva projeção de crescimento do PIB de 2017 para 0,7%

Para o terceiro trimestre, o instituto manteve a estimativa de crescimento de 0,1% na margem, ou seja, em relação ao segundo trimestre

PIB: o PIB da indústria também deverá vir positivo (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

PIB: o PIB da indústria também deverá vir positivo (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 19h26.

Última atualização em 11 de setembro de 2017 às 19h28.

Rio - Após a surpresa positiva com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, os pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) revisaram para cima, de 0,3% para 0,7%, a projeção de alta da atividade econômica em 2017.

Para o terceiro trimestre, o Ibre/FGV manteve a estimativa de crescimento de 0,1% na margem, ou seja, em relação ao segundo trimestre.

A revisão na projeção para o ano fechado se impôs porque os pesquisadores da FGV estimavam recuo de 0,2% na margem e queda de 0,3% em relação ao segundo trimestre de 2016, quando, na verdade, os dados surpreenderam, com altas de 0,2% e 0,3%, respectivamente, como informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 1º.

"De fato, o número veio maior do que a gente esperada. A grande surpresa foi a agropecuária", afirmou a pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre e responsável pelas projeções do instituto, em seminário de análise de conjuntura, promovido pelo Ibre/FGV, no Rio.

A composição do PIB no terceiro trimestre caminha para um desenho semelhante ao do segundo trimestre, segundo Silvia.

Nesse caso, o avanço do consumo das famílias seguirá chamando atenção, embora em ritmo inferior ao visto no PIB de abril a junho.

O PIB da indústria também deverá vir positivo, enquanto o forte desempenho da agropecuária no primeiro semestre deverá contribuir negativamente com a atividade, na margem.

Para 2018, o Ibre/FGV projeta crescimento de 2,2%. "Continuamos com algo mais conservador", afirmou Silvia, citando a incerteza eleitoral, e seu efeito sobre o comportamento dos investimentos, assim como a crise fiscal como problemas para o cenário de crescimento no próximo ano.

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