Economia

IBGE: inflação de serviços é a menor desde outubro de 2009

A variação dos preços dos serviços passou de 0,76% em abril para 0,21% em maio

Foi o menor resultado desde outubro de 2009, quando a inflação do setor ficou em 0,16% (Germano Lüders/Você S/A)

Foi o menor resultado desde outubro de 2009, quando a inflação do setor ficou em 0,16% (Germano Lüders/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 11h48.

Rio de Janeiro - A inflação de serviços medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve forte desaceleração na passagem de abril para maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o número nesta quarta-feira. A variação dos preços dos serviços passou de 0,76% em abril para 0,21% em maio. Foi o menor resultado desde outubro de 2009, quando a inflação do setor ficou em 0,16%.

"Há muito tempo a gente não observava uma redução dessa ordem nos serviços. É prudente a gente ainda não apostar em uma redução (no esgotamento do ritmo de alta), porque é um primeiro mês que vemos acontecer uma redução bastante forte, mas pode ser consequência ou de saturação do preço, que já avançou tanto que não consegue aumentar mais, aliado a um processo de inadimplência, ou de transferência", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

"Vamos supor que você tenha optado por comprar um automóvel, então compra um bem maior em vez de gastar com serviços. Apesar de que alguns serviços são difíceis de deixar de lado, como cabeleireiro e manicure", acrescentou.

Houve desaceleração nas taxas de aluguel residencial (de 0,82% em abril para 0,63% em maio), condomínio (de 1,01% para 0,47%), conserto de automóvel (de 0,67% para 0,13%), médico (de 1,20% para 0,70%), dentista (de 0,93% para 0,61%), e serviços pessoais (de 1,47% para 0,50%), entre outros.

Ainda ficaram mais baratos os serviços de mudança (de 1,12% para - 3,46%), passagem aérea (de 2,06% para -10,85%), transporte escolar (de 0,95% para -0,33%), clube (de 0,37% para -0,16%) e motel (de 7,43% para -6,72%).

"Essa taxa (de serviços) está muito influenciada pelo aluguel, condomínio, mudança. Aparecem serviços que vinham registrando altas quase que sistemáticas, como médico, dentista, cabeleireiro, clubes, motel, hotel, excursão. Vários itens que vinham pressionando subiram menos", disse Eulina.

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