Economia

IBC-Br pior que previsto fará revisar PIB, diz ABC Brasil

A projeção antes estava entre crescimento de 0,5% e 0,7%, mas agora 0,5% passa a ser o teto, segundo economista do banco


	Dinheiro: o IBC-Br caiu 0,31% em novembro do ano passado 
 (Marcos Santos/usp imagens)

Dinheiro: o IBC-Br caiu 0,31% em novembro do ano passado  (Marcos Santos/usp imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 10h05.

São Paulo - O resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) abaixo das expectativas do mercado vai motivar a revisão das estimativas do Banco ABC Brasil para o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), de acordo com a economista Mariana Hauer.

"Nossa projeção para o quarto trimestre estava entre crescimento de 0,5% e 0,7%, mas agora 0,5% passa a ser o teto. Vamos rever a previsão trimestral e, como consequência, a anual", afirmou.

De acordo com os números informados na manhã desta sexta-feira, 17, pelo Banco Central, o IBC-Br caiu 0,31% em novembro do ano passado em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal.

Na comparação entres os meses de novembro de 2013 e de 2012, houve alta de 1,34% na série sem ajuste sazonal. Nos dois casos, o resultado ficou abaixo do piso das projeções de analistas ouvidos pelo serviço AE Projeções do Broadcast.

Ontem, após a surpresa positiva com os dados de vendas no varejo divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ABC Brasil atualizou a previsão para o IBC-Br, passando de uma estimativa de zero para uma alta de 0,30% na margem.

"Acredito que o desempenho da indústria, que é o que mais pesa no modelo que usamos, deve ter puxado o IBC-Br para baixo, mas é difícil precisar porque o Banco Central não abre o indicador - então também pode ter sido influência de agricultura ou serviços", explicou. "De qualquer forma, foi muito ruim."

A economista acredita que o resultado de hoje reforça a perspectiva pessimista para a atividade no quarto trimestre de 2013. "Se o IBC-Br de dezembro vier um pouco negativo, o que é possível, em razão da previsão para a produção industrial, o IBC-Br do quarto trimestre ficará zerado", disse.

Mariana não acredita, no entanto, que o cenário de baixa atividade possa antecipar o fim da trajetória de aperto monetário. Segundo ela, o ABC Brasil continua esperando que, antes de encerrar o ciclo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promoverá mais um aumento de 0,25 ponto porcentual da taxa básica de juros na reunião do fim de fevereiro, o que levaria a Selic para 10,75% ao ano.

"Claro que a atividade pesa nas decisões, mas o BC sinalizou que a inflação pesa mais", observou. "Acreditamos em uma alta de 0,25 ponto."

Acompanhe tudo sobre:abc-brasilBanco CentralBancosCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEmpresasIndicadores econômicosMercado financeiroPIB

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor