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HSBC prevê para 2015 pior desempenho da economia em 25 anos

A recessão esperada para o Brasil será a mais forte em um quarto de século, previu o banco

HSBC: a instituição prevê contração do PIB brasileiro em 1,2% neste ano (Chris Ratcliffe/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 10h20.

Londres - A recessão esperada para o Brasil será a mais forte em um quarto de século. Essa é a previsão do banco britânico HSBC . A instituição prevê contração do Produto Interno Bruto ( PIB ) de 1,2% em 2015.

"Se nossa previsão se confirmar, será o pior desempenho para a economia brasileira em 25 anos".

O pessimismo é explicado pelo investimento "excepcionalmente fraco" em meio à falta de confiança empresarial e problemas dos setores de petróleo e gás e construção.

Outro fator negativo é a contenção do consumo pela piora do mercado de trabalho e redução da renda disponível.

Em relatório sobre as perspectivas da economia global no segundo trimestre, a equipe de economistas do HSBC desenhou cenário bastante pessimista para o Brasil.

Entre os 46 países e regiões econômicas com previsões no relatório, apenas três países devem amargar recessão em 2015: Brasil, Argentina (-2%) e Rússia (-3,5%).

Nenhuma economia desenvolvida deve registrar contração. Para 2016, o banco espera que o PIB brasileiro deve se recuperar com crescimento de 2,3%.

"As expectativas para a economia brasileira continuam a deteriorar-se. Dois fatores ajudam a explicar o fraco desempenho da economia: investimento excepcionalmente fraco e contenção do consumo", diz o estudo divulgado na manhã desta sexta-feira, 20, na capital britânica.

O trecho do documento dedicado ao Brasil é assinado pelo economista-chefe do HSBC em São Paulo, Constantin Jancsó.

Investimento

Entre as razões do pessimismo, o HSBC nota que há piora da confiança empresarial por uma série de fatores.

Além da deterioração das perspectivas econômicas e das preocupações com o risco de racionamento elétrico - aspectos que já influenciavam em 2014, o relatório cita que a situação piorou com as dificuldades do setor de petróleo e gás e construção em meio às investigações sobre suposto esquema de corrupção na Petrobras.

Isso deve fazer com que o volume de investimento em ativos fixos caia 8% em 2015.

Apesar do pessimismo com as implicações imediatas do escândalo na Petrobras, o HSBC tem uma visão relativamente otimista sobre o efeito de longo prazo do caso.

"As investigações podem ser muito benéficas se conduzirem a uma melhora da governança corporativa e uma interação mais transparente entre o setor público e privado", diz o trecho assinado por Jancsó.

Consumo

No lado do consumo, os prognósticos também não são bons. O banco fala em queda do consumo de 0,5% neste ano, o que seria o pior desempenho da componente do PIB desde 2003.

"Esperamos que as famílias sejam afetadas negativamente pela fraqueza do mercado de trabalho - projetamos que o desemprego deverá subir 2 pontos porcentuais na média em 2015 - e haverá impacto das políticas austeras do governo - o aumento dos preços das eletricidade deve cortar a renda disponível entre 1% e 2%", diz o economista.

Além disso, o HSBC também nota que o consumo será afetado pelas condições mais restritas do mercado de crédito.

Isso acontecerá pelo aumento do juro que continua em curso e também diante das condições mais rigorosas para concessão de crédito.

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Londres - A recessão esperada para o Brasil será a mais forte em um quarto de século. Essa é a previsão do banco britânico HSBC . A instituição prevê contração do Produto Interno Bruto ( PIB ) de 1,2% em 2015.

"Se nossa previsão se confirmar, será o pior desempenho para a economia brasileira em 25 anos".

O pessimismo é explicado pelo investimento "excepcionalmente fraco" em meio à falta de confiança empresarial e problemas dos setores de petróleo e gás e construção.

Outro fator negativo é a contenção do consumo pela piora do mercado de trabalho e redução da renda disponível.

Em relatório sobre as perspectivas da economia global no segundo trimestre, a equipe de economistas do HSBC desenhou cenário bastante pessimista para o Brasil.

Entre os 46 países e regiões econômicas com previsões no relatório, apenas três países devem amargar recessão em 2015: Brasil, Argentina (-2%) e Rússia (-3,5%).

Nenhuma economia desenvolvida deve registrar contração. Para 2016, o banco espera que o PIB brasileiro deve se recuperar com crescimento de 2,3%.

"As expectativas para a economia brasileira continuam a deteriorar-se. Dois fatores ajudam a explicar o fraco desempenho da economia: investimento excepcionalmente fraco e contenção do consumo", diz o estudo divulgado na manhã desta sexta-feira, 20, na capital britânica.

O trecho do documento dedicado ao Brasil é assinado pelo economista-chefe do HSBC em São Paulo, Constantin Jancsó.

Investimento

Entre as razões do pessimismo, o HSBC nota que há piora da confiança empresarial por uma série de fatores.

Além da deterioração das perspectivas econômicas e das preocupações com o risco de racionamento elétrico - aspectos que já influenciavam em 2014, o relatório cita que a situação piorou com as dificuldades do setor de petróleo e gás e construção em meio às investigações sobre suposto esquema de corrupção na Petrobras.

Isso deve fazer com que o volume de investimento em ativos fixos caia 8% em 2015.

Apesar do pessimismo com as implicações imediatas do escândalo na Petrobras, o HSBC tem uma visão relativamente otimista sobre o efeito de longo prazo do caso.

"As investigações podem ser muito benéficas se conduzirem a uma melhora da governança corporativa e uma interação mais transparente entre o setor público e privado", diz o trecho assinado por Jancsó.

Consumo

No lado do consumo, os prognósticos também não são bons. O banco fala em queda do consumo de 0,5% neste ano, o que seria o pior desempenho da componente do PIB desde 2003.

"Esperamos que as famílias sejam afetadas negativamente pela fraqueza do mercado de trabalho - projetamos que o desemprego deverá subir 2 pontos porcentuais na média em 2015 - e haverá impacto das políticas austeras do governo - o aumento dos preços das eletricidade deve cortar a renda disponível entre 1% e 2%", diz o economista.

Além disso, o HSBC também nota que o consumo será afetado pelas condições mais restritas do mercado de crédito.

Isso acontecerá pelo aumento do juro que continua em curso e também diante das condições mais rigorosas para concessão de crédito.

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