Protestos em Hong Kong contra a China: Região vive caos há cinco meses (Jorge Silva/Reuters)
Reuters
Publicado em 28 de outubro de 2019 às 11h19.
Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 11h20.
Hong Kong - Hong Kong entrou em recessão depois de cinco meses de protestos antigoverno, que recomeçaram no final de semana, e dificilmente terá algum crescimento neste ano, disse o secretário das Finanças da cidade, Paul Chan.
Manifestantes mascarados e vestidos de preto incendiaram lojas e lançaram coquetéis molotov contra a polícia no domingo, seguindo um roteiro já familiar em que a polícia reage com gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha.
Imagens de televisão mostraram manifestantes, que entraram no hotel Kowloon e na rua comercial Nathan no domingo, ateando fogo em barricadas de rua e lançando bombas de gasolina em chamas nas entradas de estações do metrô, em meio a batalhas recorrentes com os policiais.
Em uma estação, ativistas lançaram um barril de metal em chamas por uma longa escadaria na direção de policiais.
"O impacto (dos protestos) em nossa economia é abrangente", disse Paul Chan em uma postagem em um blog, acrescentando que uma estimativa preliminar do produto interno bruto (PIB) do terceiro trimestre feita na quinta-feira mostrou dois trimestres sucessivos de contração - a definição técnica de uma recessão.
Ele também disse que será "extremamente difícil" alcançar a previsão governamental pré-protestos de crescimento econômico anual de até 1%.
O que motivou os protestos de domingo foi combater a suposta brutalidade da polícia e defender muçulmanos e jornalistas. No final de semana passado, a polícia usou canhões de água contra um grupo de pessoas que estava diante de uma mesquita, e jornalistas ficaram feridos em confrontos.
(Por Farah Master, Tom Westbrook e Twinnie Sui)