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Haddad cita mudança de cenário e diz que busca ‘meta factível’ para contas públicas em 2025

Para 2025, o alvo preliminarmente anunciado foi um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB)

Fernando Haddad: governo dará essa definição no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 8 de abril de 2024 às 19h53.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , disse nesta segunda-feira que o governo tenta fixar uma "meta factível" para as contas públicas em 2025. A meta fiscal do ano que, conforme o arcabouço fiscal aprovado no ano passado, seria de 0,5% do PIB.Integrantes do governo estudam fixar um patamar positivo entre 0% e 0,25% do PIB.

"Estamos esgotando o tempo para fazer as contas para fixar uma meta (de 2025) factível, à luz do que aconteceu de um ano para cá. Essa meta (de superávit em 0,5% do PIB) foi anunciada em março do ano passado", disse o ministro.

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Um superávit de 0,5% do PIB significa R$ 61 bilhões de contas no azul em 2025, considerando a projeção nominal do governo para o PIB no ano que vem. Para 2026, o superávit seria de R$ 132 bilhões, ou seja, de 1% do PIB.

"De lá (março) pra cá aconteceram muitas coisas boas, mas tiveram alguns percalços que vão ser considerados e temos ainda alguma insegurança em relação ao resultado final das negociações (no Congresso) neste semestre", declarou Haddad.

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias

O governo dará essa definição no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, que será encaminhado ao Congresso até o dia 15 de abril.

Na semana passada, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia reconhecido a rediscussão da meta de superávit primário nas contas públicas. Para ela, a agenda de aumento de receitas “está se exaurindo”.

Em 2023, o déficit primário (sem contar pagamento de juros) foi de R$ 230,535 bilhões, valor equivalente a 2,12% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse saldo foi puxado pelo pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios, dívida herdada do governo Bolsonaro.

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