Economia

Há danos quando nossa política se inclina a interesses, diz Jerome Powell

O presidente do Fed afirmou que a perspectiva para a economia americana mudou desde o início de maio

Fed: Powell disse que a política monetária não deve reagir a oscilações de curto prazo no sentimento (Kevin Lamarque/Reuters)

Fed: Powell disse que a política monetária não deve reagir a oscilações de curto prazo no sentimento (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de junho de 2019 às 15h54.

São Paulo —  O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, enfatizou a independência da autoridade monetária dos Estados Unidos nesta quarta-feira e disse que o Congresso americano "isolou" o Fed das pressões políticas de curto prazo "porque viu o dano que frequentemente surge quando a nossa política se inclina a interesses políticos de curto prazo". Os comentários de Powell vêm em meio a pressões crescentes por parte da Casa Branca para que o banco central dos EUA efetue cortes nas taxas de juros.

Em discurso feito no Conselho de Relações Exteriores, Powell apontou que a política monetária não deve reagir a nenhum dado pontual ou a oscilações de curto prazo no sentimento. Ele, contudo, relatou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) julga no momento que o argumento para políticas mais acomodatícias se fortaleceu nos EUA. De acordo com Powell, o Fed irá monitorar dados e agir apropriadamente para sustentar a expansão econômica nos EUA, um apontamento semelhante ao feito por ele na semana passada, após a reunião do FOMC.

Powell também disse que a perspectiva para a economia americana mudou desde o início de maio, quando o Fed não viu um cenário forte para mudanças nas taxas de juros. Ele apontou que as taxas estão mais baixas do que no passado globalmente "e provavelmente permanecerão assim", além de ter ressaltado que tanto o comércio quanto as preocupações com o crescimento da economia mundial ressurgiram e adicionaram incerteza à economia.

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