Economia

Guedes volta a falar em redução de R$ 100 bi nos compulsórios

Durante palestra em Novo Hamburgo (RS), ministro da Economia afirmou que governo também pretende derrubar os spreads bancários

Guedes: ministro reforçou ideia de redução de compulsórios (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Guedes: ministro reforçou ideia de redução de compulsórios (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 17h57.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a fazer referência nesta quinta-feira, 1, à possibilidade de uma redução nos compulsórios no valor de 100 bilhões de reais.

"Houve uma pequena redução de compulsório, de 17 bilhões de reais a 20 bilhões, há estimativa de que isso pode acontecer nos próximos anos, pode chegar a até uns 100 bilhões", afirmou Guedes durante palestra em Novo Hamburgo (RS).

O ministro ressaltou que "quando falo em números sempre estou baseado em alguma estimativa do próprio governo".

No final de junho, Guedes afirmou publicamente que os compulsórios seriam reduzidos em "mais de 100 bilhões de reais". Depois da declaração, o Banco Central divulgou nota em que afirmou que a redução dos compulsórios é uma ação ainda em curso, "sem definições de prazos ou montantes".

Para Guedes, a redução do volume de recursos que as instituições financeiras são obrigadas a recolher ao Banco Central vai ajudar a irrigar o mercado de crédito, contribuindo para reduzir os spreads bancários. As fintechs e as empresas simples de crédito também terão contribuição importante nesse processo, pontuou.

"E vem mais coisa por aí, nos vamos derrubar os spreads bancários", afirmou o ministro durante evento promovido pelo grupo de mídia Sinos.

Previdência

Guedes voltou a afirmar que tem a expectativa de que o Senado vai não apenas aprovar a reforma da Previdência, mas também propor uma nova Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para incluir Estados e municípios na reforma, o que, segundo o ministro, aumentaria em 350 bilhões de reais a economia trazida pelas mudanças ao longo de uma década.

O ministro afirmou, ainda, estar confiante de que o Congresso também vai abraçar as propostas do governo de reforma tributária e de pacto federativo, que serão as prioridades da equipe econômica para o segundo semestre.

"Todos estão de braços abertos para esses novos programas", afirmou Guedes.

Ele estimou que a questão do pacto federativo, que passa pela redução da vinculação de receitas orçamentários a despesas obrigatórias, deve levar de seis meses a um ano para ser concluída.

A reforma tributária, segundo o ministro, terá como eixo a redução do número de tributos e a simplificação. O governo também quer ampliar a base de contribuintes, de forma que "todos paguem menos", disse Guedes.

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