Economia

Guedes testou negativo para coronavírus mas trabalhará à distância

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, ministro fez o teste para coronavírus na semana passada o resultado deu negativo

Paulo Guedes, ministro da Economia, durante coletiva de imprensa (Adriano Machado/Reuters)

Paulo Guedes, ministro da Economia, durante coletiva de imprensa (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2020 às 12h45.

Última atualização em 23 de março de 2020 às 14h48.

Ao contrário do que vinha fazendo nos últimos dias, o ministro da Economia Paulo Guedes fará todas as suas reuniões desta segunda-feira, 23, de sua casa no Rio de Janeiro, por videoconferência.

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, ele fez o teste na semana passada para coronavírus e o resultado deu negativo. Mas como o ministro tem 70 anos e idosos são grupo de risco para a doença, essa foi a orientação para evitar uma alta exposição.

A equipe econômica e o governo começaram o dia sob renovada pressão após a edição de uma Medida Provisória que permite a suspensão de contratos de trabalho e salários por 4 meses sem a definição de compensações da parte do governo brasileiro. Após críticas, Bolsonaro disse no Twitter no começo da tarde que revogaria esse trecho da medida.

Mais de 20 infectados no governo

Já passa de 20 o número de infectados dentro do governo. As transmissões começaram a ser contadas após viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos na semana passada com sua comitiva.

Na quinta-feira, 19, os resultados positivos do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins; do chefe da ajudância de ordens, Major Cid; do diretor do Departamento de Segurança Presidencial, Coronel Suarez; e do chefe do Cerimonial, Carlos França.

Cid, Suarez e França passam o tempo todo muito próximos do presidente Jair Bolsonaro, que diz ter tido resultatado negativo para a doença.

Martins, por sua vez, viajou ao lado do secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que foi o primeiro membro da comitiva a ter a confirmação da infecção pelo novo coronavírus. Ambos voltaram ao Brasil na madrugada da quarta-feira, 11, no mesmo avião do presidente.

Os quatro estavam em isolamento por terem tido contato com Wajngarten. O primeiro exame de todos deu negativo. A confirmação veio no segundo teste.

Também na quinta foi confirmado que o presidente da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex), Almirante Sérgio Segovia, teve teste positivo para a covid-19. Ele também esteve nos EUA com o presidente, não apresenta sintomas e está em isolamento domiciliar.

Os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também tiveram resultado positivo após a viagem.

Os dois testes de Bolsonaro deram negativo, segundo ele, que não apresentou os resultados. O Ministério da Saúde recomendou que o exame seja refeito na próxima semana. Enquanto isso, a recomendação é para que o presidente siga em “monitoramento”.

No domingo, 15, Bolsonaro quebrou a recomendação de cautela e participou de um ato a favor do governo e com críticas ao Judiciário e ao Legislativo. Ele chegou a apertar a mão de apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.

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