Guedes: Governo enviará 2ª parte da reforma tributária na semana que vem
Essa fase da proposta deverá conter a criação de um imposto sobre transações digitais, além do aumento do limite de isenção do IR
Ligia Tuon
Publicado em 23 de setembro de 2020 às 12h07.
Última atualização em 23 de setembro de 2020 às 16h14.
O ministro da economia, Paulo Guedes , disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 23, que a segunda parte do texto da reforma tributária será enviada ao Congresso na semana que vem.
Nesse contexto, o ministro voltou a falar na necessidade da criação de impostos alternativos para que seja possível desonerar a folha de pagamentos. O tributo poderá incidir sobre transações digitais e é semelhante à extinta CPMF. Além da criação do imposto, essa fase daproposta deverá trazer o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física.
A primeira parte da reforma tributária, que já tramita no Congresso, contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA), chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).
Na coletiva, Guedes voltou a defender a desindexação de recursos da União, o que deixaria o Orçamento federal menos engessado. Essa questão entra no Pacto Federativo que, segundo ele, " também está entrando".
O ministro disse ainda que o foco da equipe econômica para sustentar a retomada da atividade será emprego e renda, mas dentro do programa de responsabilidade fiscal.
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, reiterou após a fala do ministro que o teto de gastos será respeitado.
Os líderes estavam em reunião com o presidente Jair Bolsonaro antes da entrevista.