Economia

Guedes deve falar com Bolsonaro e ter nome para Receita na próxima semana

Secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia disse ainda que a reforma tributária agora vai seguir um novo rumo

Guedes ao lado de Bolsonaro: (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Guedes ao lado de Bolsonaro: (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 12h09.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse, em entrevista à GloboNews, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai conversar com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e ter novo nome para comandar a Receita Federal, depois da saída de Marcos Cintra, na próxima semana. A resposta foi dada quando questionado se ele estava cotado para assumir a secretaria.

Marinho também afirmou que Bolsonaro deixou claro seu posicionamento sobre a nova Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), que foi o motivo da demissão de Cintra, e que a reforma tributária agora vai seguir um novo rumo. "A partir da palavra do mandatário maior, as mudanças no sistema tributário devem seguir rumo diferente."

Mas o secretário disse que Guedes não desistiu da desoneração da folha de pagamentos com o objetivo de aumentar a empregabilidade e que devem ser pensadas alternativas à CPMF para compensar a perda tributária dos impostos sobre a folha.

Sobre o fato de haver dois projetos diferentes de reforma tributária em tramitação no Congresso, Marinho disse que é preciso olhar pelo lado bom, que é o Parlamento buscando protagonismo no assunto, e que o governo vai buscar sinergia entre a Câmara e o Senado e também com os diversos entes regionais e setores da economia.

"Pelo menos, temos uma certeza: a necessidade de simplificação tributária. Se conseguirmos simplificar o sistema tributário, já é um grande avanço. E depois aponta no médio e longo prazos a diminuição da carga. Redução da carga tem que ser processo ao longo do tempo. Se acontecer de forma abrupta, certamente vai gerar descontinuidade de serviços da administração pública federal, estadual e municipal."

Marinho ainda afirmou que deve continuar fazendo a articulação técnica com o Congresso dos projetos do Ministério da Economia.

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