Eduardo Guardia: "Quer mais crescimento? Vamos avançar na agenda de reformas que a gente entrega mais crescimento" (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de abril de 2018 às 17h29.
Última atualização em 27 de abril de 2018 às 17h30.
São Paulo - Ao comentar o avanço, para a maior taxa trimestral desde maio, do desemprego no primeiro trimestre, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, considerou como "naturais" as oscilações de indicadores após o Brasil sair de uma crise profunda.
"O Brasil passou por uma recessão bastante profunda. Superamos essa recessão, o País está crescendo e é natural que, num processo de recuperação econômica, às vezes você tenha dados mais ou menos positivos", afirmou Guardia, ao deixar uma reunião de acompanhamento macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Diferentemente de seu antecessor, Henrique Meirelles - que falava na criação de 2,5 milhões de empregos neste ano -, Guardia preferiu não fazer previsões sobre o mercado de trabalho.
Ratificou, contudo, a expectativa do governo de crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. "Não vamos rever a previsão toda hora. Na próxima revisão bimestral, é possível que haja uma revisão, mas isso a gente vai decidir quando divulgar a revisão bimestral."
O ministro reforçou que o País precisa perseverar na agenda de reformas para crescer e gerar empregos. "Quer mais crescimento? Vamos avançar na agenda de reformas que a gente entrega mais crescimento", disse Guardia.
Ele acrescentou que a economia vem ganhando tração e o que se discute no mercado é se o PIB vai crescer 2,7% ou 3%.
Ao citar as prioridades da equipe econômica, ele afirmou que o governo trabalha para a privatização da Eletrobras sair até o fim do ano. "Precisamos de uma Eletrobrasforte, capitalizada e com condições de fazer investimentos no futuro", disse.