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Greve dos caminhoneiros causa desequilíbrio em estoques do comércio de SP

Como reflexo da greve, proporção de lojas com estoques tidos como adequados em São Paulo caiu de 56,7% para 53,3% na passagem de maio para junho

Comércio: porcentual de lojas que estão com estoques acima do ideal subiu de 30% para 32,4% (Mario Tama/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2018 às 19h13.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 19h16.

São Paulo - Como reflexo da greve dos caminhoneiros - que provocou, de um lado, queda das vendas e, de outro, interrupção nas entregas de produtos -, a proporção de lojas com estoques tidos como adequados na cidade de São Paulo caiu de 56,7% para 53,3% na passagem de maio para junho.

O porcentual também ficou abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, quando 54,2% das lojas estavam com os estoques adequados, conforme pesquisa feita mensalmente pela Fecomercio SP, entidade que representa o setor, com aproximadamente 600 empresários do comércio no município de São Paulo.

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Segundo o levantamento, o porcentual de lojas que estão com estoques acima do ideal subiu de 30% para 32,4%, enquanto as que estão com estoques abaixo do normal passaram de 13% para 13,8% na comparação de junho com maio.

A leitura da assessoria econômica da FecomercioSP é que a paralisação dos caminhoneiros teve dois efeitos diversos sobre o comércio varejista.

De um lado, faltaram produtos em setores vulneráveis a choques de oferta, como alimentos, bebidas e combustíveis. De outro, o movimento grevista prejudicou a confiança do consumidor na recuperação econômica, o que afetou as vendas de bens duráveis como automóveis e eletrodomésticos, elevando os estoques desses produtos.

"Esse resultado exige um exame mais profundo sobre a economia do Brasil e os potenciais riscos pelos quais o País irá passar até as eleições em outubro", comenta a entidade.

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