Economia

Grécia se diz confiante antes de encontro da zona do euro

Primeiro-ministro Alexis Tsipras disse que Atenas precisa de tempo para implementar o seu programa de reformas e superar o mau gerenciamento do passado


	O premier grego, Alexis Tsipras: “eu prometo que a Grécia vai então, em seis meses, ser um país completamente diferente.”
 (Luisa Guliamaki/AFP)

O premier grego, Alexis Tsipras: “eu prometo que a Grécia vai então, em seis meses, ser um país completamente diferente.” (Luisa Guliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 07h57.

Atenas - A Grécia disse neste domingo estar confiante sobre um acordo nas negociações com os seus parceiros da zona do euro, mas reiterou que não aceita medidas duras de austeridade como parte de um pacto sobre a dívida.

Um dia antes do encontro entre ministros das Finanças da zona do euro, em Bruxelas, para tratar do problema grego e ajudar a manter o país na zona do euro, o primeiro-ministro Alexis Tsipras disse a uma revista alemã que Atenas precisa de tempo para implementar o seu programa de reformas e superar o mau gerenciamento do passado.

"Espero negociações difíceis, mas estou muito confiante”, afirmou ele. “Eu prometo que a Grécia vai então, em seis meses, ser um país completamente diferente.”

O grupo de ministros se encontra em Bruxelas na segunda-feira para tentar chegar a um consenso com o novo governo de Tsipras, eleito depois de prometer acabar com a austeridade prevista no socorro internacional ao país, sobre temas como gestão da dívida, privatização e reforma trabalhista.

Se o encontro não tiver resultados, há a preocupação de que a Grécia possa ser afetada por uma crise de crédito que forçaria o país a deixar a zona do euro. Avanços, no entanto, podem significar novas negociações, talvez no fim da semana.

"A força irresistível vai se encontrar com o objeto que não se move”, disse Vasileios Gkionakis, do UniCredit, em nota.

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, se recusou a discutir a possibilidade de a Grécia deixar o euro. Ele simplesmente reiterou a posição de que a entrada na zona do euro é “irreversível”.

Tsipras quer um programa de transição para os próximos meses, enquanto um novo acordo é negociado para substituir o plano de socorro atual.

O restante da zona do euro, particularmente a Alemanha, diz que a Grécia deve manter os seus compromissos.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaDívidas de paísesEuropaGréciaPiigsZona do Euro

Mais de Economia

Pente-fino: Previdência quer fazer revisão de 800 mil benefícios do INSS até o fim do ano

Reino Unido tem rombo de 22 bilhões de libras em contas públicas

Dívida do governo sobe para 77,8% do PIB, maior nível desde novembro de 2021

Focus: Em semana de Copom, mercado sobe projeções do IPCA para 2024 e 2025

Mais na Exame