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Grécia procura acordo-base com credores por desembolso

Medidas fazem parte de uma minuta de lei que será debatida amanhã em Conselho de Ministros e que só recolhe as medidas menos conflituosas

Medidas fazem parte de uma minuta de lei que será debatida amanhã em Conselho de Ministros e que só recolhe as medidas menos conflituosas (John Kolesidis/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 10h58.

Atenas - O vice-primeiro-ministro heleno, Yanis Dragasakis, anunciou nesta quarta-feira que a Grécia irá às negociações com os credores da Grécia com a intenção de buscar um acordo -base que ajude o país a sair do estado de asfixia financeira em que se encontra.

"Buscamos uma solução de mútuo acordo, mas não pode ser qualquer solução", declarou Dragasakis à emissora de rádio "Sto Kokino", dizendo disse que "esta solução deve ser viável".

O vice-primeiro-ministro destacou que "uma vez alcançado este acordo intermédio, será iniciado um longo debate sobre a dívida, o superávit primário, os investimentos e o crescimento".

"Lutamos para solucionar o problema de falta de liquidez que não é de nossa responsabilidade, mas encontramos quando assumimos o governo", ressaltou Dragasakis.

As medidas que o governo grego apresentará hoje ao denominado Grupo de Bruxelas, composto por representantes dos credores e do Executivo heleno, fazem parte de uma minuta de lei que será debatida amanhã em Conselho de Ministros e que só recolhe as medidas menos conflituosas.

Trata-se, segundo filtragens dos meios de comunicação, de reformas em matéria de finanças públicas, gestão de impostos, licitação de frequências televisivas, impostos à publicidade televisiva, reformas administrativas e mudanças no Código Civil.

O objetivo destas medidas, que basicamente fazem parte da denominada "lista Varoufakis", é melhorar os ingressos do Estado e iniciar uma série de reformas necessárias na administração pública.

Na minuta de lei não estão incluídas as exigências das agora denominadas "instituições" e antes "troika" -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI)-, que são linhas vermelhas para o governo: redução de salários e pensões, baixa generalizada do IVA e liberalização das demissões.

Como contrapartida, também não incluem planos do governo que não contam com o apoio dos credores, tal como a proteção da primeira moradia contra os despejos de inquilinos ou como fazer frente às dívidas morosas para os bancos, para as quais o Executivo estuda várias opções de um "banco podre", segundo assinalou o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.

Segundo o jornal "Kathimeriní", o governo espera que a reunião que será realizada no Grupo de Bruxelas a partir desta tarde na capital belga possa concluir no sábado com um princípio de acordo que permita convocar uma reunião extraordinária do Eurogrupo antes do 11 de maio, data que está previsto o encontro regular.

O jornal acrescenta que o governo espera que o acordo-base permita desembolsar uma quantia do resgate pendente, ou seja pelo menos os 1,9 bilhão de euros que a Grécia deve receber dos benefícios do BCE e dos bancos centrais da zona do euro pelos bônus helenos.

O desembolso seria uma bola de oxigênio para o Executivo grego que em maio deve pagar, além disso, 2,8 bilhões de euros para salários, pensões, ajudas sociais e saúde pública.

Além disso, tem que devolver ao FMI em 1 de maio 200 milhões de euros em juros e um lance de 747 milhões de euros que vence em 12 de maio.

O problema é que até agora a posição do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi muito clara a respeito: não haverá soluções parciais, mas só um acordo global. EFE

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"Buscamos uma solução de mútuo acordo, mas não pode ser qualquer solução", declarou Dragasakis à emissora de rádio "Sto Kokino", dizendo disse que "esta solução deve ser viável".

O vice-primeiro-ministro destacou que "uma vez alcançado este acordo intermédio, será iniciado um longo debate sobre a dívida, o superávit primário, os investimentos e o crescimento".

"Lutamos para solucionar o problema de falta de liquidez que não é de nossa responsabilidade, mas encontramos quando assumimos o governo", ressaltou Dragasakis.

As medidas que o governo grego apresentará hoje ao denominado Grupo de Bruxelas, composto por representantes dos credores e do Executivo heleno, fazem parte de uma minuta de lei que será debatida amanhã em Conselho de Ministros e que só recolhe as medidas menos conflituosas.

Trata-se, segundo filtragens dos meios de comunicação, de reformas em matéria de finanças públicas, gestão de impostos, licitação de frequências televisivas, impostos à publicidade televisiva, reformas administrativas e mudanças no Código Civil.

O objetivo destas medidas, que basicamente fazem parte da denominada "lista Varoufakis", é melhorar os ingressos do Estado e iniciar uma série de reformas necessárias na administração pública.

Na minuta de lei não estão incluídas as exigências das agora denominadas "instituições" e antes "troika" -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI)-, que são linhas vermelhas para o governo: redução de salários e pensões, baixa generalizada do IVA e liberalização das demissões.

Como contrapartida, também não incluem planos do governo que não contam com o apoio dos credores, tal como a proteção da primeira moradia contra os despejos de inquilinos ou como fazer frente às dívidas morosas para os bancos, para as quais o Executivo estuda várias opções de um "banco podre", segundo assinalou o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.

Segundo o jornal "Kathimeriní", o governo espera que a reunião que será realizada no Grupo de Bruxelas a partir desta tarde na capital belga possa concluir no sábado com um princípio de acordo que permita convocar uma reunião extraordinária do Eurogrupo antes do 11 de maio, data que está previsto o encontro regular.

O jornal acrescenta que o governo espera que o acordo-base permita desembolsar uma quantia do resgate pendente, ou seja pelo menos os 1,9 bilhão de euros que a Grécia deve receber dos benefícios do BCE e dos bancos centrais da zona do euro pelos bônus helenos.

O desembolso seria uma bola de oxigênio para o Executivo grego que em maio deve pagar, além disso, 2,8 bilhões de euros para salários, pensões, ajudas sociais e saúde pública.

Além disso, tem que devolver ao FMI em 1 de maio 200 milhões de euros em juros e um lance de 747 milhões de euros que vence em 12 de maio.

O problema é que até agora a posição do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, foi muito clara a respeito: não haverá soluções parciais, mas só um acordo global. EFE

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