Grécia nega interesse em renegociar plano de resgate
Atenas - A Grécia não pretende renegociar o acordo de auxílio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse uma autoridade sênior do Ministério das Finanças grego, tentando acalmar os mercados que evitavam os ativos do país e o euro após uma série de notícias sugerir que a crise de dívida de Atenas […]
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2010 às 11h00.
Atenas - A Grécia não pretende renegociar o acordo de auxílio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse uma autoridade sênior do Ministério das Finanças grego, tentando acalmar os mercados que evitavam os ativos do país e o euro após uma série de notícias sugerir que a crise de dívida de Atenas está piorando.
O comentário veio depois que a Market News International citou fontes não-identificadas do governo grego dizendo que Atenas queria renegociar o acordo, realizado em uma cúpula da UE no mês passado para proteger a Grécia de uma possível moratória.
Voltando aos mercados após uma pausa de quatro dias por causa do feriado da Páscoa, os investidores venderam ativos gregos antes e depois do país negar os rumores, gerando dúvidas sobre a eficácia do acordo de resgate em amenizar os problemas fiscais da Grécia.
Outra autoridade do governo grego, que pediu anonimato, refutou o texto da Market News International: "Não há pedido da Grécia para renegociar o acordo. Há um acordo sobre o mecanismo de suporte e nós vamos segui-lo".
A matéria afirmava que Atenas quer evitar a contribuição potencial do FMI porque teme que a organização imponha condições rígidas.
"As medidas são duras e podem causar inquietação social e política. Depois disso, vários membros do gabinete expressaram oposição à contribuição do FMI", disse a fonte à Market News International.
O braço executivo da UE e o Banco Central Europeu (BCE) não quiseram comentar a notícia.
Enquanto isso, uma reportagem do Financial Times disse nesta terça-feira que a Grécia está buscando de 5 a 10 bilhões de dólares de investidores norte-americanos para ajudar a cobrir sua dívida de maio, de cerca de 10 bilhões de euros (13,5 bilhões de dólares), para rolar dívidas com vencimento próximo e pagar os juros.