Economia

Grécia faz concessões a credores com uma lista de reformas

Tais reformas podem gerar 1,3 bilhão de euros e preveem, entre outras medidas, a cobrança de impostos crescente dos mais ricos e taxas sobre os produtos de luxo

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras: o texto das reformas não parece contemplar temas menos consensuais como a liberalização do mercado de trabalho, o aumento do IVA e a questão das aposentadorias, cobrados pelo FMI (AFP/ JOHN THYS)

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras: o texto das reformas não parece contemplar temas menos consensuais como a liberalização do mercado de trabalho, o aumento do IVA e a questão das aposentadorias, cobrados pelo FMI (AFP/ JOHN THYS)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 17h42.

Atenas - A Grécia apresentou nesta quarta-feira uma série de medidas a seus credores. Sem serem espetaculares, elas parecem ir no sentido desejado por eles, no que parece ser uma tentativa de equilíbrio de Alexis Tsipras para satisfazer Bruselas e ao mesmo tempo o seu partido.

Após uma reunião do Eurogrupo -em que os ministros das Finanças da zona do euro discutiram na sexta-feira em Riga, sem resultados-, as negociações foram retomadas a fim de se chegar "a um acordo benéfico para ambos", segundo a terminologia grega.

Os técnicos do Eurogrupo (Euro Working Group) se reuniram nesta quarta-feira, antes de outro encontro do grupo de Bruxelas (representantes de Atenas e de seus credores) na quinta-feira, segundo informaram as autoridades gregas.

A parte grega elaborou, para as duas reuniões, uma série de reformas que podem aumentas as receitas do país.

De acordo com o jornal Kathimerini, essas reformas podem gerar 1,3 bilhão de euros e preveem, entre outras medidas, uma cobrança de impostos crescente dos contribuintes mais ricos, taxas sobre os produtos de luxo, venda de licenças de televisão, cobrança mais eficiente do IVA (imposto sobre o valor agregado), e uma luta mais eficaz contra o contrabando.

Entretanto, o calendário e a apresentação dessas medidas ao parlamento grego ainda não estão claros.

Além disso, o texto não parece contemplar nada em relação aos temas menos consensuais como a liberalização do mercado de trabalho, o aumento do IVA e o espinhoso tema das aposentadorias, cobrados pelo FMI. Os setores de esquerda do governo não parecem, contudo, dispostos a aceitar essas concessões.

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