Economia

Grécia enfrenta novo dia de greves e protestos por cortes

A mobilizações é uma resposta aos cortes de salários e aposentadorias aprovados na terça-feira pelo Parlamento grego

Em Bruxelas, o primeiro-ministro heleno, Lucas Papademos (foto), deve reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso (John Thys/AFP)

Em Bruxelas, o primeiro-ministro heleno, Lucas Papademos (foto), deve reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso (John Thys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 08h58.

Atenas - Os sindicatos majoritários gregos convocaram para esta quarta-feira novo dia de protestos e mobilizações em resposta aos cortes de salários e aposentadorias aprovados na terça-feira pelo Parlamento.

A convocação dos candidatos é de greve geral de três horas (7h às 10h de Brasília). Nesse intervalo, às 8h30 (de Brasília) uma delegação de sindicalistas protestará em frente à delegação da União Europeia em Atenas.

Um pouco mais tarde, às 13h (de Brasília) será realizada uma manifestação, seguida de um concerto na Praça Sintagma, contra o Parlamento.

'Os empregados de nosso país continuarão suas mobilizações na Grécia e na Europa para pôr fim à demolição da sociedade', destaca em comunicado o principal sindicato do setor privado, GSEE.

Além dos sindicatos, aderiram ao protesto a Câmara Técnica, a Associação dos Advogados de Atenas e a Associação de Médicos de Atenas, essas entidades são contrárias a liberalização de suas profissões.

Os médicos protestam contra a redução de despesas em saúde e, especificamente, no pagamento das horas extras e na redução da despesa farmacêutica, por isso convocaram greve de 24 nesta quarta-feira.

A redução da despesa farmacêutica em 1 bilhão de euros em 2012 faz parte dos cortes exigidos pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condições para conceder novo empréstimo de 130 bilhões de euros e perdoar 107 bilhões de euros em bônus helenos nas mãos da iniciativa privada.

Segundo o jornal 'Kathimerini', a despesa farmacêutica grega em 2009 foi o dobro da feita pela Bélgica, país com população comparável a do país mediterrâneo.

Somada a redução da despesa farmacêutica, o Parlamento aprovará nesta quarta-feira a fusão das oito Caixas Econômicas que administram as aposentadorias complementares públicas em uma única instituição, medida que permitirá a redução de pessoal em 30% até 2014. As Caixas Econômicas públicas administram as contribuições individuais dos trabalhadores para complementar o pagamento estatal da aposentadoria.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro heleno, Lucas Papademos, deve reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para abordar a situação econômica grega que enfrenta o quarto ano de recessão.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasDívida públicaEuropaGréciaPiigsPolítica no BrasilProtestosUnião Europeia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor