Grécia enfatiza que ainda não solicitou empréstimo europeu
Atenas - A Grécia se mostrou satisfeita com o acordo conseguido hoje pelos países da zona do euro sobre as condições para disponibilizar um primeiro empréstimo de 30 bilhões de euros quando for necessário, mas insistiu que seu país ainda não pediu que se ative esse mecanismo. O ministro das Finanças grego, George Papaconstantinu, disse […]
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2010 às 18h36.
Atenas - A Grécia se mostrou satisfeita com o acordo conseguido hoje pelos países da zona do euro sobre as condições para disponibilizar um primeiro empréstimo de 30 bilhões de euros quando for necessário, mas insistiu que seu país ainda não pediu que se ative esse mecanismo.
O ministro das Finanças grego, George Papaconstantinu, disse que "o objetivo é, e acreditamos que vamos conseguir, continuar obtendo empréstimos sem dificuldades por parte dos mercados".
Papaconstantinu assinalou, no entanto, que a decisão tomada hoje é importante tanto para a Grécia como para a zona do euro "e mostra a confiança dos parceiros europeus na Grécia".
Nesse sentido, manifestou que a mensagem de hoje é que seja "reconhecido os grandes esforços dos gregos", em relação ao forte corte de gastos iniciado pelo Governo para reduzir o déficit público e a enorme dívida do país.
A Agência de Gestão da Dívida Grega informou que o país necessita de 32 bilhões de euros para cumprir com suas obrigações de pagamentos até o final de ano.
Caso a Grécia solicite efetivamente, a ajuda financeira seria em forma de empréstimos bilaterais por parte dos membros da zona do euro, sob a coordenação da Comissão Europeia (CE), que seriam concedidos à Grécia no primeiro ano.
A outra parte da ajuda seria fornecida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), embora não tenham esclarecido a quantia dessa hipotética contribuição.
O preço dos empréstimos bilaterais europeus será fixado de acordo com as fórmulas usadas pelo FMI e será em torno de 5% no primeiro ano para crédito de três anos.
A desconfiança na capacidade da Grécia de cumprir com seus pagamentos obrigou o Tesouro grego a oferecer aos investidores juros superiores a 7% para cumprir suas obrigações a dez anos. Esse nível representa um recorde desde a adesão do país à zona do euro e põe em risco o êxito de seu complicado ajuste fiscal.