Economia

Guedes pede funcionalismo de qualidade e anuncia: "Vamos travar concursos"

Ministro da Economia também disse que segundo semestre será de leilões e privatizações e defendeu mais uma vez a criação de um novo "pacto federativo"

Guedes: ministro da Economia disse que o governo está planejando grandes privatizações (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Guedes: ministro da Economia disse que o governo está planejando grandes privatizações (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2019 às 13h54.

Última atualização em 22 de maio de 2019 às 15h12.

Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 22, que, apesar de algumas privatizações e concessões já terem sido realizadas neste ano, os grandes leilões do pré-sal estão sendo preparados e acontecerão no segundo semestre.

"Com as privatizações, vamos reduzir o endividamento, que é o segundo maior gasto do Estado, após a Previdência", afirmou, durante palestra de mais de uma hora de duração no Seminário Previdência, organizado pelo jornal Correio Braziliense.

Segundo ele, o terceiro maior gasto do governo federal é a despesa com pessoal.

Durante a palestra, ele chegou a chamar parte do funcionalismo de "superburocratas", mas lembrou que 40% dos servidores se aposentarão nos próximos cincos anos. "Vamos travar os concursos. Vamos ter uma classe burocrática com mais qualidade e menos gente", completou.

Guedes defendeu mais uma vez a criação de um novo "pacto federativo" com maior repartição de recursos com Estados e municípios. Ele ainda prometeu que 70% da arrecadação com a exploração do pré-sal irão para os entes federativos.

"Não queremos uma porção de ministros com dinheiro no bolso trocando por votos. Não adianta recursos ficarem em Brasília, não são os ministros que vão consertar o País. O governador é que sabe se quer fazer estrada, escola ou saneamento", afirmou o ministro.

Guedes ainda criticou os Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) que, segundo ele, explosão financeira dos Estados. "Os TCEs terão que trabalhar nos padrões do Tribunal de Contas da União (TCU)", completou.

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