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Grandes bancos dos EUA criticam planos para pessoas sem conta bancária

Propostas como a abertura de agências bancárias nos correios ou a oferta de contas do Fed podem não funcionar para resolver o problema dos americanos sem-banco

 (Brendan Mcdermid/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 19 de maio de 2021 às 12h36.

Última atualização em 19 de maio de 2021 às 14h10.

Os maiores bancos dos Estados Unidos criticaram duas propostas destinadas a ajudar consumidores que não usam seus serviços.

Propostas recentes de parlamentares, como a abertura de agências bancárias nos correios ou a oferta de contas do Federal Reserve para todos os consumidores dos Estados Unidos, podem não funcionar para resolver o problema dos chamados americanos sem-banco, argumentaram grupos do setor em artigo publicado na terça-feira.

As instituições financeiras recomendam que as autoridades considerem novos tipos de identificação que os consumidores possam mostrar para acessar serviços financeiros, ou encorajar americanos a abrir contas bancárias de baixo custo quando se inscreverem para receber ajuda do governo.

“Em vez de estabelecer uma infraestrutura bancária grande, duplicada e potencialmente cara para criar contas bancárias por meio do Federal Reserve ou do Serviço Postal americano, existem maneiras mais eficazes e menos dispendiosas de enfrentar o desafio” dos que não tem contas bancárias ou pouco acesso, disseram associações em comunicado que acompanha o artigo.

Os grupos representam bancos e cooperativas de crédito dos Estados Unidos e incluem a Clearing House American Bankers Association, Consumer Bankers Association, Credit Union National Association, Mid-Sized Bank Coalition of America e National Bankers Association.

Desigualdade racial

Durante anos, bancos têm oferecido contas-correntes com baixas tarifas como parte de uma iniciativa do setor conhecida como Bank On. Mas esses esforços não foram um sucesso total: consumidores ainda gastam bilhões a cada ano em cheque especial e outras tarifas, e 7,1 milhões de famílias no país continuam sem acesso a uma conta bancária.

Embora esse número tenha diminuído nos últimos anos, a proporção de famílias negras e hispânicas sem conta bancária permanece mais alta do que a média nacional. Enquanto protestos contra a desigualdade racial dominavam os Estados Unidos no ano passado, parlamentares e bancos prometeram tomar mais medidas para garantir que comunidades de pessoas não brancas possam acessar serviços financeiros de baixo custo como forma de reduzir a persistente desigualdade racial em riqueza.

“Obviamente, é importante por causa dos holofotes no ano passado sobre todos os eventos horríveis que nosso país enfrentou”, disse em entrevista Alice Rodriguez, diretora-gerente do JPMorgan Chase e que supervisiona a organização de impacto comunitário.

Sem acesso a serviços financeiros tradicionais, consumidores muitas vezes recorrem a concorrentes não bancários, que normalmente cobram tarifas ou comissões mais altas. Empresas que descontam cheques, por exemplo, podem receber até 10% do valor de um cheque por seus serviços. Depender de cartões de débito pré-pagos pode custar aos consumidores até 300 dólares por ano.

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