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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.
Em setembro, a arrecadação de impostos e contribuições federais alcançou 27,063 bilhões de reais. Trata-se do segundo maior resultado da história para um mês de setembro. A cifra só perde para o mesmo mês de 2001, quando o governo recolheu 28,038 bilhões de reais em impostos, taxas e tributos. No ano passado, foram registrados 22,666 bilhões no referido mês.
Segundo a Secretaria da Receita Federal, a arrecadação apresentou um aumento real de 4,05% sobre agosto, descontando a inflação do período medida pelo IPCA. No mês retrasado, foram arrecadados 26,010 bilhões de reais, a preços atualizados pelo IPCA. Em relação a setembro do ano passado, o incremento foi de 19,4%.
Na comparação com o mesmo período de 2003, setembro destacou-se pelo incremento de 35,17% nas receitas da CPMF e de 26,09% da Cofins. O primeiro tributo recolheu 2,496 bilhões de reais. Já a Cofins gerou 6,717 bilhões. Em volume de arrecadação, porém, o Imposto de Renda (IR) continuou como a principal fonte do governo. O IR aportou 8,039 bilhões, cifra 13,07% maior que os 7,109 bilhões da comparação.
Acumulado do ano
Entre janeiro e setembro, a arrecadação federal somou 234,887 bilhões de reais. A cifra é 11,72% maior que os 215,200 bilhões de igual período do ano passado (em valores corrigidos pelo IPCA). O IR foi a principal fonte de receitas do governo, contribuindo com 74,858 bilhões. O valor é 31,87% maior que o da comparação.
Já a Cofins registrou a maior taxa de crescimento entre os tributos (24,13%) e ficou em segundo lugar na arrecadação, com 56,428 bilhões. Conforme a Receita Federal, um dos fatores que impulsionou essa conta foi o início da tributação das importações. Até setembro, os produtos importados já geraram 8,106 bilhões de reais de Cofins. A outra razão são as mudanças na fórmula de cálculo de do pagamento desse imposto, a fim de eliminar a incidência em cascata.
No início de outubro, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgou estudo em que mostra que a carga tributária, no primeiro semestre, correspondeu a 38,11% do Produto Interno Bruto, um avanço de 1,2 ponto percentual em relação a igual período do ano passado (leia também reportagem de EXAME sobre o aumento da carga).