Economia

Governo sinaliza que tem novas medidas para a economia

O foco principal seria o financiamento, mas a equipe econômica não entrou em detalhes sobre quando e como colocará novos instrumentos em prática

Os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior: "isso equivale ao consumo de um estado com Pernambuco”, informou a ministra sobre o aumento (Elza Fiúza/Abr)

Os ministros Guido Mantega e Miriam Belchior: "isso equivale ao consumo de um estado com Pernambuco”, informou a ministra sobre o aumento (Elza Fiúza/Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 21h25.

Brasília - Além das medidas de desoneração da indústria, previstas para serem anunciadas na próxima terça-feira, o governo está propagando a analistas de mercado que possui outras ações mais estruturais para impulsionar a atividade econômica. O foco principal seria o financiamento, mas a equipe econômica não entrou em detalhes sobre quando e como colocará novos instrumentos em prática.

Esse foi o recado passado por técnicos do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira para o economista da Tendências Consultoria Integrada, Juan Jensen. Outros consultores e analistas estiveram recentemente em Brasília para buscar entender quais são os próximos passos a serem dados pelo governo e ouviram avaliações similares. "Tínhamos a visão de que as medidas eram mais voltadas para o curto prazo, mas o governo fez questão de enfatizar que possui uma agenda mais profunda", disse o economista à Agência Estado.

Além disso, os técnicos disseram a Jensen que as ações do governo no mercado de câmbio visam mais evitar a volatilidade das cotações do que necessariamente obter um patamar ideal para a comercialização. "A informação que nos deram é a de que o governo não vai buscar uma maior depreciação da moeda, mas que precisa agir por conta da liquidez excessiva do mercado", relatou.

A equipe técnica também explicou que qualquer aumento da carga tributária a partir de agora será apenas fruto da formalização da economia. E garantiu que qualquer excesso será automaticamente utilizado para fazer superávit primário, e não será destinado a gastos públicos. "A política que o governo está fazendo não estava tão clara para nós no dia a dia, mas a conversa foi muito melhor do que esperávamos", comentou Jensen.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaDesenvolvimento econômicoCrescimento econômicoMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado aumenta projeção do PIB em 2025, 2026 e 2027

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?